Mobilização na UMS: Petrobrás pratica retaliações e põe UMS Búzios em risco

Técnicos de Segurança permanecem mobilizados! Medida é antissindical e demonstra desacordo com os princípios, política e diretrizes de Segurança do E&P

No domingo (08/09), três Técnicos de Segurança lotados nas Unidades de Manutenção de Segurança (UMS) na Unidade Búzios foram surpreendidos com aviso da Petrobrás de que fariam desembarque aleatório e arbitrário na segunda (09/09).

Os três estavam trabalhando dentro de seus regimes e escalas de trabalho e a Petrobrás decretou que eles estão em greve. Um contrassenso!

A empresa enviou e-mail para os três trabalhadores, explicitando que a motivação do desembarque forçado era, porque aderiram ao movimento grevista, quando houve, na verdade, paralisação somente nos serviços noturnos. Inadmissível!

O Setor Jurídico do Sindipetro-RJ já está debruçado sobre a questão e irá atuar de forma contundente.

Cumprimento do ACT

Os Técnicos de Segurança estão reivindicando a implementação da mudança do atual regime de Sobreaviso para o Turno Ininterrupto de Revezamento (TIR), de acordo com a cláusula 52 do ACT vigente.

Cansados de esperar medidas da empresa, os Técnicos de Segurança da UMS Búzios pararam de realizar somente as atividades noturnas (a partir das 18h) no dia 07/09.

Intransigência

Há dois anos, o Sindicato vem tentando negociar solução para o problema com as gerências locais, assim como enviou ofícios à empresa, sem obter respostas.

Em reuniões com o RH na semana passada, a empresa não reconheceu o TIR para todos, nem se dispôs a pagar pelo retroativo acumulado desde o início de 2023. E apenas se comprometeu a enviar uma minuta da sua proposta no final deste mês.

Insegurança a bordo

Ao desembarcar três profissionais experientes, a Petrobrás desestabilizou a ambiência reduzindo a equipe, acarretando mais trabalho para quem ficou a bordo.

As equipes de contingência que foram embarcadas pela Gerência não possuem conhecimento e experiência necessários para o correto assessoramento nas liberações de serviços de alto potencial de risco nas áreas operacionais das plataformas.

E pior, entre os que estão a bordo estão petroleiros de 1º embarque, novos petroleiros recém-contratados, que estão sendo tutorados justamente pelos mais experientes que foram forçados a desembarcar!

Portanto, qualquer acidente que ocorra será responsabilidade da Gerência!

Petrobrás, cadê seus compromissos amplamente divulgados para toda a sociedade de que “as pessoas são importantes”?

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