Sindipetro-RJ participou de atividade no 12º Congresso de Epidemiologia

Sindicato fez um relato de como atuou, enfrentando a Petrobrás durante o período da pandemia da COVID-19 para resguardar os direitos dos petroleiros

 

A diretora Fabíola Mônica participou da atividade “Impacto Sistêmico da COVID-19 em Populações Específicas: um desafio à abordagem inovadora em epidemiologia nas pesquisas, serviços e movimentos” que foi realizada no sábado (23/11), na UERJ, que integrou a programação oficial do 12º Congresso de Epidemiologia, evento organizado pela Comissão de Epidemiologia da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), realizado entre os dias 23 e 27/11. 

Sindicato relatou como enfrentou a Petrobrás na defesa dos trabalhadores e trabalhadoras impactados pela pandemia

A representação do Sindipetro-RJ apresentou de que forma agiu para impedir que a direção da Petrobrás, no período da COVID-19, levasse a cabo medida que prejudicasse trabalhadores administrativos que ficaram em Teletrabalho e da operação e exploração que atuaram em plataformas, refinarias e terminais da companhia. 

O Sindicato garantiu que não fossem reduzidos os salários dos petroleiros que se desdobraram para se adaptar e atender às demandas da empresa e não deixar o desempenho cair.

Trabalhadores e trabalhadoras cumpriram jornadas além das 8h regulamentares, entregando muito mais, em condições piores, mas sem receber as horas extras correspondentes. Sem ter o devido reconhecimento pela empresa que, na verdade, pretendia lhes confiscar 25% de sua remuneração. Verdadeira covardia com os trabalhadores da Petrobrás.

O fato é que a empresa nunca foi transparente, e dos raros números divulgados só o fez por meio de uma decisão judicial que determinou que a direção da Petrobrás encaminhasse um boletim semanal ao Sindipetro-RJ sobre a situação da COVID-19 nas unidades da companhia baseadas na área de abrangência do Sindicato. Como foi estipulado pela Justiça, em novembro de 2021, que as informações deveriam ser prestadas em cumprimento a uma determinação judicial 

Na implantação do Teletrabalho, justificado pela pandemia, a direção da Petrobrás insistiu em ilegalidades contra os trabalhadores e, em nenhum momento, se dispôs a negociar com os Sindicatos ou se comportar conforme determina a lei e seus princípios. Por isso, a atuação judicial foi o último recurso e se demonstrou acertada mais uma vez, tanto pela resposta positiva da Justiça aos trabalhadores e censura à direção da Petrobrás. Conforme contou a diretora Fabíola Mônica em sua apresentação. Cabe informar que a petroleira Edilene Farias (Leninha), perseguida política pela Petrobrás, esteve presente na atividade como convidada da diretora do Sindipetro-RJ.

 

Liliane Reis Teixeira – Cesteh/Ensp/Fiocruz, ao centro e Edilene Farias, a Leninha, perseguida política da Petrobrás, à direita, durante o encontro

Rede Trabalhadores

“Reunimos pesquisadores da UFRJ, Fiocruz, Sindicatos e Movimentos Sociais, trazendo experiências da nossa Rede Trabalhadores & COVID-19. Então foi muito interessante porque foi um dia inteiro de discussão. Apresentamos experiências nossas da Rede COVID, a partir da participação dos trabalhadores. Agora estamos pensando em ampliar a rede com pesquisadores dessa área, e que possam atuar com o tema da “COVID longa”, e sobre a pós-covid, ou seja, com trabalhadores que estão com sequelas de COVID-19”, detalhou a pesquisadora Liliane Reis Teixeira – Cesteh/Ensp/Fiocruz e da Rede Trabalhadores & Covid-19, uma das organizadoras da atividade que o Sindipetro-RJ integrou. 

O tema do 12° Congresso Brasileiro de Epidemiologia (12º EPI) foi “A Epidemiologia e a complexidade dos desafios sanitários”, em que entidades e pesquisadores refletiram sobre as diversas questões que atravessam a saúde da população brasileira, como as desigualdades sociais e os problemas contemporâneos. 

A programação do evento se apresentou diversa e plural, incluindo mesas-redondas, palestras, oficinas, cursos, encontros, comunicações coordenadas e atividades culturais.

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