A fake news da descoberta dos campos de gás natural em Sergipe e Alagoas

Em tempos de fake news, os ditos grandes veículos de comunicação embarcaram no que parece ser mais uma jogada do governo Bolsonaro para tentar legitimar sua política de entrega do patrimônio público. No caso, o informe seria sobre a descoberta recente de seis gigantescos campos de gás natural nos estados de Sergipe e Alagoas, que devem deveriam gerar R$ 7 bi ao ano.

A notícia foi replicada no momento em que o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou em julgamento a venda de subsidiárias de empresas estatais sem a devida consulta ao Congresso, e a conclusão do processo de privatização da Transportadora Associada de Gás (TAG). Na verdade, essas descobertas ocorreram há pelo menos cinco anos, como informou a Petrobrás em nota para seus investidores.

Pega na mentira…

 O fato é que o INEEP (Instituto de Estudos Estatísticos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Zé Eduardo Dutra) esclareceu que “não se trata de uma novidade como quiseram fazer crer as falsas notícias que circularam recentemente”.

Segundo o Instituto, “o que gera desconfiança sobre a propagação deste tipo de informação, logo após o julgamento do STF, é possivelmente ter ocorrido uma tentativa de manipulação de informação para, ao que tudo indica, a publicação da matéria coadune com os objetivos do atual governo de dar visibilidade ao programa de “gás barato” – diz o comunicado publicado no site do instituto.

O programa de gás barato é um projeto do governo de Jair Bolsonaro que pretende reduzir os custos do gás natural. Considerado uma de idéia do “gênio” do ministro da Economia, Paulo Guedes, o projeto foi aprovado recentemente pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Como o programa não saiu do papel, a impressão é que houve uma tentativa de relacionar o sucesso da descoberta realizada pela Petrobrás com o programa e associá-lo à possibilidade de expansão dos investimentos privados no setor petróleo a partir da venda de ativos da Petrobrás. Também não se pode menosprezar a possibilidade deste tipo de informação favorecer a mega especuladores que detenham papéis da Petrobrás na bolsa de valores.

 

(Fonte INEEP)

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