ACT 2019: para acabar com essa novela, organizar a Greve Nacional Petroleira!

Nenhum direito a menos!

As reuniões de “negociação” com a Petrobrás para renovação do ACT continuam amanhã (4) e terá como tema “Remuneração e Vantagens”. A companhia insiste em conceder privilégios aos chefões através de premiações absurdas, na retirada de direitos dos trabalhadores, no boicote à representação sindical e privatização. Ontem, o gerente da GP afirmou que não há compromisso de proposta até o dia 4 (prazo dado pelas federações) e que “temos que ter maturidade para abrir mão de direitos” porque o ACT criou “monstros” (os trabalhadores). São 25 artigos retirados do ACT.

As reuniões têm sido importantes para desmascararmos a gestão Castello Branco que, em conjunto com seus prepostos, não modifica o substancial de sua política que é cortar direitos e privatizar, mas aumenta a agressividade.

Os representantes das federações (FNP e FUP) têm realizado um trabalho importantíssimo na mesa de negociação, deixando os puxa-sacos do RH encurralados, sem justificativas que ao menos “disfarcem” o corte de direitos e a ganância para entregar nossas riquezas, mas a realidade é que a Petrobrás só irá acatar um patamar mínimo para uma negociação que faça sentido (interromper a venda de ativos e garantir a discussão a partir do acordo atual) se a categoria se mobilizar, realizar atos, paralisações e greve.

Para debater a Campanha Reivindicatória e novas mobilizações, além da participação das petroleiras e petroleiros no 12 de julho, novo Dia Nacional de Luta convocado pelas centrais, o Sindipetro-RJ fará setoriais a partir de amanhã, quinta-feira (4). Confira o dia do encontro em sua unidade e não deixe de participar!!!

Horas Extras

A maioria das horas extras podem e devem ser evitadas, mas a solução apresentada pela Petrobrás é diminuir o valor da remuneração para o previsto na CLT, 50% , eliminar esse direito na Troca de Turno e inserir as horas a mais no Banco de Horas para o Administrativo. Não importa como, a empresa quer diminuir os gastos com HEs, menosprezando o tempo necessário para passagem de serviço, diferenciando dobra e folga, não considerando o deslocamento entre os pontos de crachá e embarque, não pagando hora extra de treinamento etc. Ninguém quer fazer hora extra, queremos ter vida social. O alto valor da hora extra sempre foi para obrigar a empresa a repor efetivo. O aumento de HEs é fruto dos PIDVs e a não reposição de efetivo. A verdade é que muitas intervenções extras ocorrem por falta de manutenção e a empresa quer economizar a custa de saúde e segurança.

 

Versão do impresso Boletim CXXVII

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