Atualizada às 17h17 – 9 de agosto de 2019
Nesta quinta (8), em reunião com FNP e FUP, a Petrobrás apresentou uma terceira proposta para a renovação do ACT, com o envio da minuta completa ainda à noite.
A direção da companhia mais uma vez mantém uma série de cortes de direitos e redução salarial.
A proposta apresenta redução de horas extras que só serão pagas ao bel-prazer da empresa, além do absurdo fim da paridade percentual entre os trabalhadores engajados em regime especial e os administrativos.
A empresa quer implantar de qualquer maneira a Resolução 23, para negar o direito ao plano de saúde aos novos ingressos quando forem se aposentar. Ainda, só o reajuste da participação no custeio, de 30 para 35%, já significará um aumento de 16,66% (5%/30%). E a Petrobrás insiste nessa proposta, mesmo já havendo liminar favorável à FNP contrária a aplicação da resolução.
São previstos ainda o fim do adiantamento do 13º salário e o fim do pagamento das férias em até dois dias antes do início do gozo. Segue a chantagem quanto à PLR, em favor da destinação de recursos à alta gerência.
Por fim, ficam impedidas novas adesões ao Programa Jovem Universitário, acabam com o apoio de adaptação da companhia para os trabalhadores que voltam após doença ocupacional ou acidente, e terminam com a hospedagem e diária para empregados em treinamento que não tem domicílio na sua lotação. E para piorar, atacam a atuação e fiscalização sindical nas CIPAS, SPIE’s, reuniões locais, comissões de investigação de acidentes, negociação de ACT, por não garantir as respectivas liberações bem como a execução do desconto em folha de contribuição assistencial autorizada pelos trabalhadores.
Fonte: FNP e FUP