Água é vida! Todos contra a venda da Cedae

Por Rosa Maria Corrêa

Sindipetro-RJ apoia a luta dos trabalhadores da Cedae contra a privatização e engrossa manifestação realizada na manhã desta terça (13)

Mesmo após o afastamento de Witzel do governo do estado do Rio de Janeiro, réu por corrupção e lavagem de dinheiro no setor da Saúde durante a pandemia, os planos de privatização da Cedae seguem como prioridade do vice Cláudio Castro que assumiu o cargo. Castro (que também é do PSC, mesmo partido de Witzel) já vinha fazendo o trabalho de relacionamento do Palácio com a Alerj e não perdeu tempo em acelerar o processo de privatização da Companhia.

Leilão está marcado para o dia 30

Além da privatização dos serviços de distribuição de água e tratamento de esgoto, há defesa da venda também da produção e tratamento da água. Quem puxa essa corrente é o deputado Alexandre Freitas (Novo-RJ). Freitas argumenta especialmente que há incompetência na gestão da estatal. Mas, os problemas de tratamento na Baixada Fluminense, por exemplo, não são de responsabilidade exclusiva da Cedae, que é responsável somente por Nova Iguaçu, cabendo às prefeituras das cidades buscarem soluções para o tratamento do esgoto naquela região.

Manobras

Apesar de lucrativa – R$ 1,3 bilhão ao ano – a Cedae tem sofrido com crises geradas para injustificável privatização. Na quarta (07), a estatal foi acusada de estar despejando metal pesado no tratamento para conter a geosmina. Porém, o Lantânio é um tipo de terra e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) autorizou o uso após a Companhia analisar que o uso do produto em meios aquáticos não aponta toxicidade.

Por uma Cedae pública, estatal e indivisível

Na luta para impedir a privatização que está sendo empurrada com edital inconstitucional, os sindicatos do setor buscam o apoio de outras categorias.

Em 2020, o presidente do Sindágua-RJ , Ary Girota, denunciou na Rádio Petroleira que “a crise da presença da geosmina na água distribuída foi gerada principalmente, porque foram demitidos 54 técnicos da Companhia dentro da política de sucateamento da empresa”.

Para Humberto Lemos, presidente do Sintsama-RJ, a informação equivocada divulgada pela imprensa empresarial na semana passada sobre o Lantânio gera pânico na população em plena pandemia para tentarem justificar a entrega da Cedae à iniciativa privada. “Agora, informaram que vão demitir 4 mil trabalhadores – isso é um absurdo! Que governo é esse? Ao invés de lutar para fortalecer o estado, simplesmente por um capricho do ministro Paulo Guedes, quer entregar a última empresa pública do Rio de Janeiro, uma empresa lucrativa que leva saúde ao povo”, diz Lemos.

Ato no Guandu

Na manhã de terça-feira (13), em protesto contra a privatização, foi realizado um abraço simbólico ao rio Guandu que contou com  a participação do Sindicato. Água é vida e o Sindipetro-RJ apoia essa luta!

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