Motoristas de aplicativos realizam protesto contra abusos de empresas

Amanhã, terça-feira (29/03), os motoristas e entregadores, englobando bicicletistas, promovem um ato no Rio de Janeiro, denunciando a manipulação de tarifas

A concentração, organizada pelo SindiMobi, começa a partir das 8h da manhã no aeroporto Santos Dumont, próximo ao estacionamento em que ficam baseados os motoristas de aplicativos. O ato sairá em caravana até a sede da Uber na Avenida Presidente Vargas, 844, Centro do Rio de Janeiro.

Motoristas de Uber denunciam que a empresa manipula tarifas de corridas, diminuindo o valor do repasse aos trabalhadores, aumentando os ganhos do aplicativo. Além disso, os profissionais pontuam que o aumento dos combustíveis não está sendo relevado na formação do preço das corridas. Empresas de aplicativos de transporte individual e de entregas não fornecem qualquer tipo de apoio e subsídio aos seus “parceiros” que lhe garantem lucros cada vez maiores.

Por conta da pandemia e da alta dos combustíveis, muitos profissionais tiveram que dobrar a carga horária trabalhada para conseguir o salário que obtinham antes. Eles se desdobram em dois ou até três plataformas diferentes ao mesmo tempo na procura de uma viagem com o valor viável. Isso porque se tirar a taxa que repassam para a empresa, e o valor gasto de combustível, o ganho é baixíssimo.

Sindipetro-RJ solidário na luta

O Sindipetro-RJ apoia a mobilização dos trabalhadores de aplicativos e contribuirá no ato com faixas, folhetos e caminhão de som. O Sindicato considera importante a mobilização e conscientização de outras categorias, como os trabalhadores de aplicativos, tanto sobre o quanto a política de preços dos combustíveis (Preço de Paridade de Importação – PPI) do governo Bolsonaro na Petrobrás prejudica os trabalhadores de uma forma geral , quanto a reforma trabalhista e a frouxidão das leis de trabalho asseguram o abuso das empresas (patrões/acionistas) como é o caso desse vínculo de trabalho/emprego, que se estabeleceu como sendo do tipo salário por tarefa mas, nem isto tem assegurado, pois, a cada minuto, o patrão reduz, a seu bel prazer, o valor do pagamento pelo trabalho, pela tarefa. Nos parece uma típica relação contratual leonina/fraudulenta.

 

Imagem Agência Brasil

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