Na tarde de sexta-feira (26) foi realizado em frente à sede do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro – TRE-RJ, um ato contra o fascismo, em defesa da democracia e da liberdade de expressão: Ato unificado em repúdio à censura nas universidades.
As ações aconteceram em 13 instituições no Rio de Janeiro, Paraíba, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Ceará e Mato Grosso do Sul entre os dias 23 e 25 de outubro.
As operações apreenderam material de campanha de Fernando Haddad (PT) nas universidades, além de manifestos de outros partidos e movimentos, HDs de computadores de associação de docentes e faixas contra o fascismo. Na quinta (25), Maria Aparecida da Costa Barros, juíza do Tribunal Regional do Rio de Janeiro, ameaçou de prisão o diretor da Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF), Wilson Madeira Filho, pela colocação de uma faixa na entrada do prédio, com os dizeres: “Direito UFF Antifascista”. Em lugar da faixa, estudantes ergueram outra, onde se lê: censurado. O fato é que se o TRE considerou como propaganda eleitoral uma faixa antifascista, então logo identificou, de forma indireta, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, como tal.
STF suspende efeitos de ações em universidades
No sábado (27), a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, concedeu uma liminar para suspender os mandados judiciais que determinaram ações policias em dezenas de universidades brasileiras. O caso será analisado pelo plenário da Corte. No despacho, Cármen Lúcia determinou a anulação de decisões que recolheram documentos, interromperam aulas e debates ou reprimiram manifestações de professores e alunos universitários. A decisão foi tomada com base em um pedido de Raquel Dodge, procuradora-geral da República, em defesa da liberdade de expressão e manifestação da comunidade universitária.
Susto na UFRJ
Ainda na sexta um corpo foi abandonado dentro de um carro roubado, no início da tarde desta sexta-feira (26), em frente à Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no Centro do Rio, ao que parece, enquanto acontecia, no local, uma “Aula Pública contra o Fascismo”, organizada pelo Centro Acadêmico Cândido de Oliveira (CACO) e pelo Diretório Central dos Estudantes da universidade. Em nota, o CACO esclareceu que o morto não fazia parte do ‘corpo social da FND’.
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