Como prelúdio do ataque aos direitos dos trabalhadores novo presidente fez o anúncio
Lideranças sindicais saíram em defesa da manutenção do Ministério do Trabalho, cujo fim foi anunciado, a partir de 1º e janeiro de 2019, pelo presidente eleito Jair Bolsonaro nesta quarta-feira (7), durante visita ao Supremo Tribunal Federal, “O Ministério do Trabalho vai ser incorporado a algum ministério”, disse o presidente eleito, sem entrar em detalhes.
O Ministério do Trabalho e Emprego foi criado em 1930.
Na última segunda (5), a equipe do presidente eleito recebeu uma proposta de empresários para agregar ao Ministério da Indústria (Mdic) o Ministério do Trabalho.
Antes da confirmação de Bolsonaro, a possível mudança no ministério recebeu críticas de centrais sindicais como da CSP-Conlutas, CUT, Força Sindical, entre outras.
O dirigente da Secretaria Nacional da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes diz que a iniciativa visa o desmonte das proteções e das condições de trabalho . “O fim do Ministério do Trabalho é a aplicação de uma política ultraliberal que visa o desmonte das proteções e das condições de trabalho no país. Tudo para favorecer os interesses dos patrões. É preciso repudiar qualquer medida do novo governo que vá nesse sentido”.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT), também expressou sua contrariedade com o fim do MTE. “A proposta revela a intenção dos empresários de submeter a agenda do trabalho a seus próprios interesses, o que levará a uma nova ofensiva de retirada de direitos e de precarização das relações de trabalho. Este já é resultado da reforma Trabalhista patrocinada por eles no governo Temer, e cujo aprofundamento teria sido um dos motivos que os levaram a apoiar o presidente recém eleito” – diz trecho de uma nota da CUT .
A Força Sindical disse, em comunicado, que a proposta de acabar com o Ministério do Trabalho é nefasta.
“Queremos o Ministério do Trabalho como um bom instrumento que possa alavancar ações relevantes para o mundo do trabalho com medidas progressistas que melhorem as relações entre governo, empresariado e trabalhadores, e dar um novo alento ao setor produtivo nacional”.