Nas dezenas de assembleias realizadas entre os dias 28 de maio e 6 de junho, os petroleiros da base do Sindipetro-RJ, por maioria indicaram a rejeição a contraposta da Petrobrás do novo ACT, o estado permanente de Greve e a adesão à Greve Geral de 14 de junho
Assim, as assembleias retrataram o repúdio da categoria com a forma como a direção da Petrobrás vem conduzindo as negociações para a renovação do ACT, retirando direitos históricos e congelando totalmente a pauta salarial e de benefícios, além de rebaixar a mesa que sequer é conta com a presença do GE da “Gestão de Pessoas”. É grande a insatisfação com as medidas discriminatórias que só favorecem aos “chefões” , como no caso do PPP , onde podem haver prêmios que chegam a ser 1.000 vezes maiores que os de um trabalhador concursado! Um exemplo disso é o “parça” de Bolsonaro, Carlos Victor Guerra Nagem, mais conhecido como “Capitão Victor”, que por nomeação já faz jus a um salário de R$ 55 mil, e que pode amealhar uma fortuna com as privatizações dos ativos da empresa, conforme a nova política de premiação atrelada à venda de ativos.
Ainda sobre uma das coisas mais absurdas do PPP é o painel de metas de topo que inclui a Taxa de Acidentes Registráveis (TAR), inclusive para o conjunto dos trabalhadores – fato que, historicamente, leva à subnotificação e contribui, sensivelmente, para a ocorrência de grandes acidentes. A direção da Petrobrás mostra seu desprezo pelo nosso ACT, pois não respeita a cláusula 77, parágrafo 9º – “A Companhia compromete-se a não vincular concessão de vantagens à redução de acidentes, bem como a não incluir meta de acidentes no GD dos empregados”. Assim, Castello Branco implanta o incentivo às subnotificações comprometendo a efetiva gestão de SMS!
Em luta com unidade
Por isso tudo, a categoria petroleira, em unidade, como mostram as federações FNP e FUP reunindo seus 18 sindicatos, vai mostrar sua força e exigir o respeito aos seus direitos consagrados em sua pauta histórica , lutando contra o desmonte da empresa , contra a reforma da Previdência e os cortes da Educação.
A Plenária Estadual das Centrais Sindicais realizada no último dia 22 de maio, reunindo os 60 maiores sindicatos do Estado do Rio de Janeiro , traçou os preparativos da grande Greve Geral e indicou a realização de uma Plenária Geral de Mobilização para esta terça-feira (11).
Enfim, o caminho está traçado e vamos ao enfrentamento na defesa de nossos direitos; em defesa Petrobrás contra a sanha dos especuladores e entreguistas; contra a reforma da Previdência e em favor da Educação.
Dia 14 de junho é dia de Greve Geral, e os petroleiros e petroleiras estão unidos em defesa do futuro, que o governo de Bolsonaro, Guedes e Castello Branco querem nos tirar. Pelo Brasil e rumo à Greve Geral!