CENPES: falta de efetivos no Compartilhado coloca segurança em risco

Na próxima semana, o Sindipetro-RJ vai se reunir com as gerentes executivas do CENPES e do Compartilhado. E convocará assembleia, logo depois, para passar maiores informações e para a deliberação dos encaminhamentos necessários. Fique ligado!

Sindipetro-RJ mapeia problemas que têm origem no Compartilhado, pela falta de efetivos, gerando riscos de SMS na unidade. A falta de efetivo e o descumprimento das normas cria uma pressão psicológica nos operadores da unidade. Tudo isso somado a não aplicação de códigos de frequência na extensão de jornada e cursos realizados na folga, gerando prejuízos materiais e psicológicos aos trabalhadores e trabalhadoras.

Descumprimento de NR10

Descumprimento da NR10 (risco elétrico), onde operadores muitas vezes fazem manobras sozinhos em subestações elétricas (S.E), desrespeitando o

Item 10.7.3 da norma:  “Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles executados no Sistema Elétrico de Potência – SEP, não podem ser realizados individualmente”.

O mesmo acontece com as operações de caldeiras, que têm sido realizadas por somente um operador. Questionado, o gerente setorial diz que: “Não existe efetivo mínimo!”

Não pagamento de Hora Extra e falta de efetivo

Desde que o Compartilhado assumiu as atividades, anteriormente realizadas pelo SOP, o CENPES passou cada vez mais a ser tratado como uma unidade predial e não industrial. Vale ressaltar que a alimentação de entrada elétrica é de 138 mil volts e várias particularidades que deveriam tratar a unidade do ponto de vista industrial, com maior visão em segurança e SMS.

Cursos mandatórios de NR10 estão sendo realizados online, mesmo sabendo que vários operadores vieram de outras unidades e precisavam ter o conhecimento da unidade. Esses cursos deveriam ser presenciais e aplicados dentro das áreas, pois muitos operadores e superiores vieram de outras unidades.

No caso dos cursos na folga, os operadores não ganham Hora Extra. E ainda existem supervisores que tentam fazer alteração de PHT para o operador vir na folga sem ganhar horas e nem banco de horas. Alguns operadores reclamam de terem que fazer cursos online, na folga, sem poderem registrar os cursos como horas trabalhadas.

Tivemos problemas recentemente, já corrigidos pelo não uso do código 1118 (retorno de férias), onde um gerente setorial não aprovava o uso de um código existente no ACT, e que é utilizado em todo o sistema Petrobrás.

O efetivo mínimo definido no Plano de Resposta a Emergência (PRE) do CENPES, para a operação, era definido em conjunto com a gestão de SMS para as operações necessárias em caso de emergência. Isso não existe mais. Não há mais o contingente mínimo na resposta rápida e atuação em caso de emergência. Isso serve de alerta para as para a unidade CENPES e para os Gerentes do Compartilhado, pois a brigada contratada não realiza os desligamentos e depende da operação, que não mais está definida no PRE.

O efetivo é pequeno e insuficiente para atender ao CENPES de forma segura. Além disso, os operadores são deslocados para o regime administrativo para o planejamento de intervenções, com perdas salariais na rubrica HETT e tendo que arcar com o pagamento do transporte do pool de ônibus. O Sindipetro-RJ questiona, por que não efetivar um supervisor administrativo, ou um coordenador para a função?

A pressão psicológica ainda se soma às punições de toda a gerência na avaliação do GD do ano passado

O GD de “quase todos” os operadores do compartilhado ficou abaixo de 3,0. A reclamação é que as metas são subjetivas e não mensuráveis. Os operadores experientes, que têm o conhecimento de toda a operação e que poderiam ser os gerentes setoriais das áreas, tranquilamente! São punidos no GD. Com isso, o atual gerente setorial “prende o operador no compartilhado”, pois o mesmo não consegue transferência  para outra unidade pela nota baixa no GD.

Nas reuniões semanais, quase todas com a presença do Gerente Setorial, os operadores reclamam da postura desrespeitosa e falas com tom elevado.

Sucateamento crescente

Efetivo baixo também gera descumprimento na norma 2162 – Permissão para Trabalho (PT)- Por falta de efetivo os operadores imprimem as PT’s que ficam na passagem com vários “nomes de requisitantes”, pois essa emissão não se presume quem irá efetivamente realizar o serviço. Durante o turno da manhã, o nome correto do executante é colocado na permissão de trabalho. Com esse procedimento, a PT no sistema SPT é diferente da PT impressa, pois os nomes dos não executantes são retirados de uma das versões. Além disso, os dispositivos de bloqueio de cadeados do LIBRA não são utilizados. Estão utilizando etiquetas em vários sistemas que deveriam ser bloqueados.

2040 segue negado

O Código 2040 continua negado na extensão de jornada na troca de turno e passagem de serviço. Não há como se trocar turno com mais atividades realizadas e os supervisores considerarem o trabalho realizado como “interesse pessoal – código 2038”.

O fato é que o alto índice de insatisfação e afastamentos nas operações do CENPES são causados por fatores psicológicos e esgotamento mental. Existem dezenas de denúncias de assédio, a “panela de pressão” está no limite, atenção direção da Petrobrás!

O Sindipetro-RJ cobra da Unidade a divulgação dos resultados da pesquisa de ambiência e ações concretas para mudar o que não deu certo e já deveria ter sido modificado há quase dois anos. Interpretação da pesquisa, divulgação e ação. É isso que cobramos!

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