Na tarde desta quarta-feira (28), no “Dia Nacional de Luta Contra a Reforma Administrativa e as Privatizações”, e também em celebração ao Dia do Servidor Público, foi realizado um ato com concentração inicial na Candelária, Centro do Rio de Janeiro, organizado pelo o Fórum de Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), o Comitê de Luta em Defesa do Povo Brasileiro Contra as Privatizações, e entidades dos(as) trabalhadores(as) das empresas estatais e dos servidores(as) dos estados e dos municípios.
O Sindipetro-RJ se fez presente com integrantes da sua base e diretores, participando da transmissão ao vivo que foi organizada pelo Comitê de Luta em Defesa do Povo Brasileiro Contra as Privatizações, retransmitida para entidade e organizações que integram o o comitê e o Fonasefe.
Para lutar contra esse desmonte faz-se imperativa a integração de todos os movimentos mobilizados para resistir pelo Brasil. O futuro do nosso povo também passa pelo desenvolvimento dessas empresas, essenciais para a distribuição da riqueza gerada por e para os brasileiros.
Os exemplos dos povos da Argentina, Bolívia e agora Chile, que rechaçaram o entreguismo, perda de direitos, exigindo um modelo mais justo e humanitário deve chegar ao Brasil. O momento é de mobilizações e luta contra a política genocida de Bolsonaro e Paulo Guedes que desmontam o patrimônio e ameaçam vidas como na tentativa de privatizar o SUS.
O Sindipetro-RJ/ e a FNP são signatários do MANIFESTO PELA SOBERANIA em conjunto com mais de 200 entidades de representação de outras categorias, nacionais e internacionais; além de parlamentares; partidos políticos e entidades.
Petroleiros na mobilização
Já na parte da manhã, petroleiros e petroleiras das bases da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) realizaram e participaram de mobilizações em várias regiões do Brasil, com protestos em terminais, refinarias, usinas e bases operacionais que chamaram atenção para as punições que estão ocorrendo contra trabalhadores da Petrobrás, em específico a quatro trabalhadores da REGAP, como também denunciam a proposta indecente de PLR, garantindo o PPP (Programa de Prêmio por Performance) para engordar os ganhos dos chefões. Ou seja, tirando dos que ganham menos para dar aos que ganham mais.
Litoral Paulista
Nas bases do Litoral Paulista, por exemplo, a luta começou cedo contra a reforma administrativa, privatizações, demissões e perseguições no sistema Petrobrás e contra a proposta de PLR. O Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista se uniu aos trabalhadores e trabalhadoras, entidades do funcionalismo federal, estadual e municipal.
Durante a mobilização, realizada na Refinaria Presidente Bernardes e UTE Euzébio Rocha, nos Terminais da Alemoa e Almirante Barroso da Transpetro e na Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato, a diretoria do Sindipetro-LP falou da intenção dos gestores da Petrobrás ao tentar enfiar goela abaixo da categoria a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) vinculada com o sistema de consequências. Em pauta também destacaram as punições que andam ocorrendo em todo o Sistema Petrobrás como é o caso de quatro trabalhadores, que também são dirigentes sindicais, da Refinaria Gabriel Passos (REGAP), que tomaram suspensões sob alegações vazias o que demonstra claramente que o intuito da alta cúpula da empresa é calar a voz da força de trabalho.
Vale ressaltar que no Litoral Paulista também aconteceu caso semelhante. No mês de abril seis petroleiros da P-67 sofreram demissões arbitrárias e ilegais por exerceram o direito de greve na última mobilização nacional da categoria. Um dos efeitos da greve, realizada entre os dias 1º e 20 de fevereiro, é a suspensão dos contratos de trabalho. Ainda assim, em sua justificativa para as demissões, a empresa alegou “abandono do posto de serviço no dia 7 de fevereiro”, ficando evidente que são demissões políticas em função do movimento. O corpo jurídico do Sindicato reverteu a situação e todos foram reintegrados.
E no Pará
Petroleiros se somaram aos trabalhadores (as) do funcionalismo público e todos que defendem o serviço público em Belém (PA). O objetivo das mobilizações foi lutar contra o desmonte de direitos sociais fundamentais como educação, saúde e assistência social.
A classe trabalhadora tem sido o alvo do atual governo, que vem promovendo sucessivos ataques feitos através da retirada de direitos trabalhistas e previdenciários.