Com medo de greve dos caminhoneiros Bolsonaro “arrega” no diesel e derruba bolsa

Atrapalhada intervenção na política de preços aumenta especulação na bolsa e derruba valor das ações da Petrobrás

Nesta sexta (12) Bolsonaro desapontou seus deuses e derrubou a bolsa. As ações da Petrobrás registraram queda de 8%.

Pressionado por uma possível greve dos caminhoneiros, devido ao abusivo alinhamento dos preços dos combustíveis nacionais aos internacionais, disparando sucessivos aumentos automáticos no diesel, Bolsonaro interveio contra o “livre mercado” e atingiu uma das âncoras de segurança para a concretização do plano de privatização que se aprofunda em sua gestão pelas mãos de Castello Branco.

Contradizendo seu discurso, frustrou o “Deus” mercado e demonstrou fraqueza perante à pressão dos trabalhadores caminhoneiros.

A direção do Sindipetro-RJ entende que a decisão é oportunista, visando apenas evitar uma greve por agora, mas representa um boa oportunidade para retomar a campanha pela redução dos preços dos combustíveis que se desdobra, concretamente, contra o desmonte da Petrobrás e o saque do Pré-Sal.

Foi a greve de caminhoneiros que adiou os planos de privatização de um conjunto de refinarias durante o Governo Temer e fortaleceu uma greve de petroleiros que se somou ao contexto que forçou a saída do presidente da Petrobrás na época: Pedro Parente.

Vivemos em tempos extremamente especulativos, onde o sucesso da cotação das ações na bolsa tem significado diretamente o insucesso do futuro da empresa, dos trabalhadores, além de desemprego e saque das riquezas nacionais. Assim, se hoje a bolsa caiu, houve um gol em favor dos trabalhadores… Mas foi somente um gol. Para Bolsonaro, fica a lição de que seus mestres e patrocinadores esperam obediência cega, não importando as demandas populares.

 

#Todos pela redução imediata dos preços do gás de cozinha e do diesel!

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