Direção da Petrobrás abre PDV e adota “o último a sair apague a luz“

Na noite da quarta-feira (24), a Petrobrás informou que seu Conselho de Administração aprovou um novo Programa de Desligamento Voluntário – PDV. Serão elegíveis os empregados da “Petrobras Controladora” que estiverem aposentados pelo INSS até junho de 2020, quando se encerram as inscrições. Segundo a direção da empresa este PDV é uma das alavancas para geração de valor do “Plano de Resiliência”, anunciado no último 8 de março.

O “programa tem por objetivo promover a renovação nos quadros da companhia quando for identificada essa necessidade”. Contraditoriamente, seu regramento prevê também ações “para retenção em processos chave, de modo a garantir a continuidade das operações e a máxima segurança na execução das atividades da companhia” – informou.

A empresa prevê a participação de aproximadamente 4.300 empregados, com um custo para a implantação do Programa de R$ 1,1 bilhão, sendo o retorno esperado de R$ 4,1 bilhões no período 2019-2023. Assim, a cultura neoliberal de demitir para oferecer lucros aos acionistas e prêmios aos “chefões” faz a empresa ceder à concorrência uma mão de obra altamente qualificada. Posteriormente, quando as lacunas de conhecimento e força de trabalho gerarem consequências como acidentes, perda de eficiência e gastos com terceirização, nenhum gestor será responsabilizado por isso, como de costume.

 

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