Decisão coloca em risco de contaminação trabalhadores da unidade
Após divulgar a informação de que faria testagem para COVID-19 na entrada do expediente com exigência de tempo de espera fora do local de trabalho até a obtenção do resultado, a direção da Petrobrás voltou atrás e resolveu novamente fazer a testagem dos empregados em horário de serviço. A empresa chegou a aplicar os testes antes do expediente normal no dia 1º de junho. Tal medida acaba por colocar em risco de contaminação os demais trabalhadores durante o expediente.
“Apesar da discussão a testagem continuará sendo feita a partir das sete horas da manhã com convocação através do supervisor, durante a jornada de trabalho, conforme email enviado ontem (03) pelo CENPES/SMS, confirmado pelo Compartilhado com mensagem de “conhecer e atender” – relata um empregado que não quis se identificar.
No dia 28 de maio, o Sindipetro-RJ participou de reunião extraordinária da CIPA convocada pelos trabalhadores em caráter de urgência e na segunda (01), logo depois a direção da Petrobrás havia anunciado que os testes voltaram a ser feitos na entrada. Mas a medida não teve continuidade.
Em 27 de maio, um operador entrou no Complexo CENPES/CIPD, tomou café com os colegas, percorreu sua área de trabalho e, depois de algumas horas, foi testado positivo no IgM e no IgG.
Segundo relatos de petroleiros, a testagem no CENPES começou a ser feita no dia 20 de maio antes da entrada no trabalho, às 6h30. Assim que os trabalhadores passavam na catraca, após preenchimento do formulário de acesso e verificação de temperatura, se dirigiram para a sala VIP (próxima à catraca) para realizarem os testes rápidos, IgM e IgG. Depois dos dois testes, os trabalhadores só se dirigiam para suas respectivas áreas após a liberação da responsável pela Saúde, que estava na coordenação dos testes, os quais transcorriam em ambiente preparado, sala arejada e fila organizada respeitando o distanciamento. A realização dos testes neste esquema não causou impacto quanto à continuidade operacional.
Basta de abusos!
Certos gestores do COMPARTILHADO e do CENPES, a exemplo da gestão da empresa, hipocritamente se escondem por trás do discurso bonito do “Cuidar e Ser Cuidado”, mas na verdade só se importam em reduzir custos, ainda que seja sob pena de expor seus próprios colegas a riscos desnecessários. Levaremos à frente e às devidas instâncias mais este absurdo, lembrando que só a mobilização dos trabalhadores será capaz de reverter novamente esta decisão.
Reage petroleir@!