Diante da onda neoliberal de considerar tudo que seja administrado pelo poder público não ser viável, e que por isso todas as empresas estatais devem ser privatizadas, como almeja o governo Bolsonaro e seu “jênio” da economia, Paulo Guedes, vale mostrar verdades para derrubar esse mito.
Um exemplo disso é o SIN – Sistema Interligado Nacional, um sistema de coordenação e controle, operado pelo sistema Eletrobrás, formado pelas empresas das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da região Norte, que congrega o sistema de produção e transmissão de energia elétrica do Brasil. É um sistema hidrotérmico de grande porte, com predominância de usinas hidrelétricas e proprietários múltiplos, estatais e privados.
A capacidade instalada de geração do SIN é composta, principalmente, por usinas hidrelétricas distribuídas em dezesseis bacias hidrográficas nas diferentes regiões do país. Nos últimos anos, a instalação de usinas eólicas, principalmente nas regiões Nordeste e Sul, apresentou um forte crescimento, aumentando a importância dessa geração para o atendimento do mercado.
As usinas térmicas, como, por exemplo, as UTEs da Petrobrás, geralmente localizadas nas proximidades dos principais centros de carga, desempenham papel estratégico relevante, pois contribuem para a segurança do SIN. Essas usinas são despachadas em função das condições hidrológicas vigentes, permitindo a gestão dos estoques de água armazenada nos reservatórios das usinas hidrelétricas, para assegurar o atendimento futuro.
Os sistemas de transmissão integram as diferentes fontes de produção de energia e possibilitam o suprimento do mercado consumidor. Isso quer dizer que a Eletrobrás desenvolveu um sistema que impede sobrecargas e apagões. Alguém se lembra dos apagões que ocorreram entre 1999 e 2003, no governo FHC, quando o ministro de Minas e Energia era Pedro Parente? Pois é, ele mesmo que promoveu o processo de desmonte da Petrobrás, tentando vender ativos importantes como NTS, Liquigás e campos de produção.