Em defesa das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados (Fafens)!

Na manhã desta quarta-feira (30) foi  realizado um ato na porta da Fafen-SE. O objetivo foi unir forças para impedir a hibernação da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenado da Petrobras, que está marcada para esta quinta (31).

“Nem aceitamos hibernação, nem privatização”, afirma Edvaldo Leandro, diretor do Sindipetro AL/SE. “Essa fábrica é um patrimônio do povo brasileiro. (…) Além da categoria petroleira, chamamos todas as centrais sindicais, sindicatos, movimentos organizados, partidos, políticos com mandatos e a população em geral, a lutar em defesa desse patrimônio, que é nosso”, concluiu.

A Fafen da Bahia, que já está  parada desde 4 de janeiro, junto com a de Sergipe, tem potencial para empregar 1.500 trabalhadores, sendo gerados mais de 5.000 empregos indiretos na cadeia produtiva dessa indústria. Elas são responsáveis por 30% da produção de fertilizantes do Brasil, que importa 70% de sua produção, para abastecer a produção nacional de alimentos.

Enquanto empresas privadas recebem todo tipo de benefício fiscal, concessão de terreno e isenções em taxas de água, os governos Estadual e Federal utilizam vários artifícios que inviabilizam a Fafen. Por exemplo, a dolarização do preço da amônia e ureia, que prejudicou e afastou os compradores locais. Isso acarretou na paralização da fábrica por excesso de estoque. Outro exemplo é o impedimento da Petrobras fornecer seu próprio gás à Fafen, isso reduziria em muito os custos. A água bruta, que é cobrada como se fosse água tratada pela Deso, também aumenta muito o custo.

“Parece auto-sabotagem com intenção de hibernar e privatizar essas fábricas, tendo em vista que o mercado de fertilizantes tem uma grande perspectiva de crescimento. Na verdade, existem interesses de empresas estrangeiras como a russa Acron e a Bungie. Há tempos, o Sindipetro AL/SE está denunciando isso e vai continuar na luta para impedir essa intenção de entrega do patrimônio brasileiro que representam as FAFENS de Sergipe e Bahia”, explica Bruno Dantas, dirigente sindical.

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