Direção da Petrobrás usa seu poder de coação para tentar inibir a luta por um Acordo Coletivo sem perdas e contra a privatização da companhia
Enquanto o Sindipetro-RJ (e demais sindicatos e federações) convivem com recursos limitados e dificuldades de amplo acesso aos trabalhadores, a Petrobrás se utiliza destas vantagens para divulgar informações falsas, assediar as pessoas e tumultuar o processo, contando inclusive com a ajuda dos “gerentões” que recebem altíssimos salários, bônus e outras vantagens para servir de capitães do mato.
Chefes assediadores podem reunir equipes no horário de trabalho para praticar contrainformação e terrorismo, utilizando, inclusive, todas as ferramentas de comunicação corporativa, com direito até à replicar mensagens de “zap” para números privados de seus gerenciados, apresentando os filminhos de ficção da direção.
Já os sindicatos contam com poucos diretores, comunicação limitada, além de terem muitas vezes o acesso impedido aos prédios para se comunicar com os colegas ou distribuir material do Sindicato, como em recente episódio no Edifício Senado, quando um diretor foi coagido por ter acessado locais de trabalho para realização do mandato sindical.
Durante esta negociação realizamos assembleias com milhares de pessoas, urnas para votação secreta, filas enormes no meio da rua para votação, mesas de conta contagem de votos em calçadas… e mesmo assim, os gerentes estavam lá olhando, acompanhando e até tentando votar sem direito a isso. Concluímos que este não é um método correto e democrático, principalmente porque não permite o livre debate e exposição de pontos de vista contraditórios.
É tradição do movimento sindical que sindicatos espalhados por vários bairros realizem suas assembleias centralizadas. Os Correios fazem na “Praça de Guerra” na Cidade Nova; o Sepe, no Clube Municipal ou na concha acústica da UERJ; os Bancários na Galeria dos Empregados do Comércio, o Sindipetro-LP em sua sede. Devido às características e tamanho de nossa base, a sede do Sindipetro-RJ não possui estrutura para acomodar a quantidade necessária de petroleiros e petroleiras.
Para garantir a democracia, a luta que se constrói a partir do contraditório, para que possamos debater “olho no olho” e refletir conjuntamente, optamos por realizar assembleias centralizadas e mais organizadas.
Os locais no Centro do Rio são muito caros e após longa procura, levando em conta os recursos moderados de nossa entidade, faremos duas grandes assembleias centralizadas:
EDISE/EDISEN/VENTURA/TRANSPETRO SEDE, na quarta-feira, dia 16/10 às 13h, na Fundição Progresso (Rua dos Arcos, 24 – Lapa).
EDIHB/EDICIN, na quinta-feira, dia 17/10, às 13 h, no Centro de Convenções Sulamérica (Av. Paulo de Frontin, 1 – Cidade Nova)