Analisamos nos últimos dias a proposta do TST e elaboramos nossa estratégia em relação ao que está posto nas negociações mediadas pelo Tribunal Superior do Trabalho.
A primeira coisa a ser ressaltada é que esta proposta é do TST, e não da Petrobrás. Adicionalmente, ela traz pouquíssimas diferenças em relação à proposta de ACT amplamente rejeitada nas assembleias, conforme quadro informativo publicado no Boletim 137, em 3 de setembro último. Não há o que ser colocado em votação pela categoria neste momento, uma vez que a Petrobrás não apresentou uma nova minuta de proposta. Inclusive nesta sexta (27), a FNP protocolou junto ao TST um pedido para que a mediação solicite à Petrobrás uma posição sobre isso.
Apesar das informações distorcidas divulgadas pela imprensa e fortalecidas pela direção da companhia, os sindicatos não ignoraram o TST. A posição da FNP e FUP é exigir que seja apresentada uma proposta oficial da Petrobrás. Já ocorreram vários casos em que a Petrobrás apresentou uma minuta que não correspondia, inclusive, à proposta que ela mesma havia apresentado. Então é importante
termos uma minuta oficial, que se possa submeter às assembleias. É importante lembrar que a luta não é só em relação ao ACT. Hoje, a Petrobrás passa pelo momento mais crítico de toda a sua história. O governo está implementando um processo de privatização acelerado, já são oito refinarias colocadas à venda; a desmobilização no Nordeste, indica processos demissionais em massa batendo à porta de trabalhadores, tanto próprios, quanto terceirizados. Então, a luta é também em defesa do emprego e em defesa de uma Petrobrás 100% estatal.
Por isso tudo, caso a Petrobrás não assuma a proposta da mediação, ignora o TST e rompe as negociações. Se aceita, mais uma vez se desmoraliza. Teríamos uma nova “última proposta”. Já para a categoria petroleira, resta ir para cima, rejeitando em assembleia a proposta que significa assédio, retirada dos direitos, redução salarial, demissões e a destruição da Petrobrás. Vamos organizar e iniciar a Greve.
Veja o que perde o petroleiro com a proposta do TST
De olho no calendário de luta
No dia 2 de outubro está programada uma nova reunião da FNP, reforçando o chamado à continuidade da mesa unitária das federações, mas já está sendo apontada a necessidade e inevitabilidade da Greve Nacional da categoria petroleira, chamando-a para a primeira quinzena de outubro.
Vale lembrar que no dia 3 de outubro é o 66º aniversário da Petrobrás e está sendo organizado um grande ato no Rio de Janeiro, “Luto pelo Brasil” que terá concentração inicial na sede da Eletrobrás na Candelária – Centro do Rio e que vai se encaminhar até o EDISE.
Será um grande ato que contará com a participação de muitas entidades representativas, estudantes, professores, sendo uma luta global em defesa do patrimônio do Brasil, em defesa das estatais, em um momento simbólico para defender a Petrobrás, mostrando sua importância para o país no tocante à Educação, Saúde e soberania do Brasil.