Estudo da UFRJ alerta para o aumento de casos neste início de junho no estado do Rio de Janeiro

Em meio ao processo de flexibilização da quarentena promovido por Crivella estudo mostra que doença vai atingir o pico de contaminação a partir desta semana

A nota divulgada em 30 de maio afirma que o nível de mobilidade da população contribui para reduzir ou aumentar a velocidade de propagação, e que o pico do processo epidêmico deve ocorrer a partir do final da primeira semana de junho nas localidades avaliadas, com previsão de 55.000 casos confirmados e 13.000 óbitos no estado do Rio de Janeiro.

As informações tratam da evolução da pandemia de COVID-19 no estado e na cidade do Rio de Janeiro e apresenta, de forma separada, informações referentes às Regiões Metropolitanas I (Cidade do Rio e Baixada Fluminense) e II (Grande Niterói e São Gonçalo), tendo em vista o diferencial demográfico, importância e localização geográfica destas regiões para o estado.

O estudo é realizado pelos pesquisadores Claudio Miceli de Farias (PESC/COPPE e NCE), Roberto de Andrade Medronho (Depto. Medicina Preventiva/Fac. Medicina) e Guilherme Horta Travassos (PESC/COPPE), e teve como base dados referentes à mobilidade da população na perspectiva da movimentação (agregada e não identificada) de aparelhos de celular no estado do Rio de Janeiro. Indicativos de impacto do isolamento social na incidência de novos casos de COVID-19 são apresentados. Os índices utilizados na Nota Técnica foram calculados utilizando os casos notificados até 09/05/2020.

“Em geral, os esforços iniciais contribuíram para reduzir, mesmo que timidamente, o valor de R na linha do tempo. Entretanto, ainda aparentamos estar em uma situação extremamente preocupante. Os resultados indicam que o valor do indicador de reprodutibilidade da doença (R) ainda é muito alto (um valor maior do que 2!), sugerindo que ações mais firmes ( lockdown) para desacelerar com mais intensidade a velocidade de espalhamento do SARS-CoV-2 e a consequente propagação da doença em larga escala na população ainda devam ser consideradas nas diferentes localidades do estado do Rio de Janeiro” – conforme pode ser verificado no gráfico abaixo, o covidímetro:

 

 

 

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