O Sindipetro-RJ se opõe às manifestações da ultradireita que avançam contra a democracia
Desde os primeiros minutos do resultado eleitoral nas urnas, no dia 30/10, apoiadores de Bolsonaro têm feito manifestações pedindo por golpe e ataques à esquerda. Na semana passada, em duas ocasiões, o general vice-presidente Mourão, disse que são “ordeiros” e afirmou que “é hora de combater a esquerda”.
Como já foi apurado e divulgado nas mídias, essa militância da ultradireita que pede intervenção militar não é espontânea, não é do povo, mas manobrada e financiada por apoiadores do governo Bolsonaro como, por exemplo, empresários do comércio e do agronegócio. Integrantes da própria Polícia Rodoviária Federal foram flagrados apoiando alguns dos mais de 400 pontos de bloqueios em vias de 25 estados e do Distrito Federal, descumprindo medidas determinadas pelo Supremo Tribunal Federal para o fim dos bloqueios numa demonstração clara de que as forças de segurança serviram e servem às elites e não à população.
Quem não se lembra do campo de guerra que a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, tornou-se no dia 24 de maio de 2017 quando as Forças Armadas foram convocadas por Michel Temer e massacraram trabalhadores que estavam em protesto organizado contras as
reformas da Previdência e Trabalhista e por convocação de eleições diretas para a Presidência da República?
Quem não sabe dos históricos ataques covardes da PM a estudantes em manifestações contra a falta de verbas para a Educação ou
a trabalhadores da Saúde por melhores salários e condições de trabalho?
Quem não está acompanhando o cerco ilegal da PM contra 70 famílias de trabalhadores que ocuparam um prédio
que está há décadas abandonado no Centro do Rio de Janeiro. Saiba mais: https://sindipetro.org.br/pm-reprime-luta-por-moradia/
Impunidade, não!
Mourão, na verdade, esperneou contra decisão do TSE e deu certo! No Twitter, chamou de “desproporcional” a aplicação de multa de
R$ 22,9 milhões, o bloqueio e a suspensão dos respectivos fundos partidários dos partidos que integraram a coligação “Pelo Bem do Brasil – PL, PP e Republicanos (Partido pelo qual Mourão elegeu-se Senador) depois que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, questionou o resultado do segundo turno da eleição pedindo anulação de votos. Antes do fim de semana, o ministro Alexandre de Moraes recuou e retirou o PP e o Republicanos da ação.
A sanção é justamente PROPORCIONAL às investidas da ultradireita contra o resultado das urnas! É hora de mobilização para que cumpram-se todas as investigações e punições aos que atuaram e atuam contra o povo brasileiro, como os gestores privatistas na Petrobrás que correm para aprovar projetos, como a de exploração de óleo e gás na Margem Equatorial, sem que tenha havido a devida discussão com todos os atores envolvidos no processo. Leia mais: https://sindipetro.org.br/margem-equatorial-petroleiros-audiencia-publica/