Os megadividendos de Guedes e a perigosa política de destruição da estatal
É inaceitável que petroleiros e comunidades no entorno de unidades operacionais da Petrobrás estejam correndo risco de vida por causa de sucateamento, redução de efetivo e gestores negacionistas enquanto a empresa divulga resultados astronômicos. Saiba mais no especial TABG: https://sindipetro.org.br/boletim-especial-tabg/.
No terceiro trimestre, o resultado da Petrobrás fechou em US$ 8,5 bi – mais que o dobro do aprovado pela Exxon Mobil, US$ 3,7 bi!
Desconsiderando o momento de transição de governo, na quinta (03), a hierarquia da extrema direita na Petrobrás, instalada no comando da empresa por Bolsonaro, antecipou o pagamento de R$ 43,7 bi em dividendos a acionistas, R$ 3,3489 por cada ação preferencial e ordinária em circulação.
Em 2022, o total de antecipações de dividendos já atinge R$ 180 bi, quase o dobro do total distribuído em 2021.
Cerca de metade dos dividendos, R$ 22 bi, irão para o Tesouro Nacional podendo servir para cobrir os gastos do governo na campanha de reeleição de Bolsonaro.
Privatizações engordam o caixa da empresa
Desde sua posse em 2019 como ministro da Economia, Paulo Guedes se empenhou para aplicar o projeto liberal de destruição da empresa, privatizando pedaços do Sistema Petrobrás e aumentando momentaneamente os resultados financeiros da estatal, enchendo os bolsos dos acionistas. Prática que na maioria das vezes leva a prejuízos futuros como é o caso, por exemplo, da TAG: hoje a estatal paga aluguel pelos gasodutos! Leia mais: https://sindipetro.org.br/acordo-plr-tag/
Vidas em risco
Para justificar o pagamento dos megadividendos, o Conselho Administrativo, formado por maioria indicada por Bolsonaro, citou o Plano Estratégico 2022-26 e afirmou que “não existem investimentos represados por restrição financeira ou orçamentária e a decisão de uso dos recursos excedentes para remunerar acionistas se apresenta como a de maior eficiência para otimização da alocação do caixa”.
Ora, então definitivamente Bolsonaro aprofundou a perigosa política de desmonte da Petrobrás com sucateamento das unidades operacionais e efetivo super-reduzido impondo insegurança comunitária com risco de vida!
Basta de insegurança! Por uma Petrobrás para e pelos brasileiros!