Federação fez relato detalhado e entregou documentos para integrar diagnóstico sobre o Setor
No dia 07/12, uma comissão de diretores da FNP conseguiu agenda com o GT de Minas e Energia da equipe de transição do governo federal que esteve em vários compromissos no Rio de Janeiro.
Os sindicalistas Eduardo Henrique, Bruno Dantas, Natália Russo, Raira Coppola Auler (do Sindipetro-RJ) e Marcelo da Silva dos Santos (Sindipetro-LP) foram recebidos pela engenheira Magda Chambriard, ex-diretora de E&P da Petrobrás e ex-diretora geral da ANP; e Danilo Silva, da FUP e ex-conselheiro da Petrobrás como representante dos funcionários.
A FNP entregou ao GT o Manifesto com os 10 pontos em defesa da Petrobrás, elaborado no último congresso da entidade realizado este ano, e o dossiê “Petrobrás para os brasileiros” elaborado pelo Observatório do Petróleo. E relacionou todos os temas fundamentais inegociáveis como o fim do PPI; a paralisação de privatizações em curso (como a da Petrobrás Biocombustível) e a recuperação dos ativos que foram vendidos, todos por valores insignificantes, aproveitando para denunciar o comportamento escandaloso de gestores da Petrobrás que alegaram prejuízos ao negócio para justificar as privatizações e depois foram trabalhar nas unidades privatizadas anunciando super-rentabilidades; foi feita também contestação sobre a equivocada saída da Petrobrás das regiões Norte e Nordeste; criticada a realização dos leilões que entregam riqueza inestimável a preço de banana; a destruição do sistema Petrobrás para transformar a estatal numa exportadora de óleo cru e o consequente sucateamento do parque de refino; e foi pedida a decretação imediata da Margem Equatorial como área estratégica.
Também foi colocada a necessidade de proteger a Petrobras de pressões internacionais e ataques especulativos, portanto, reestatizar a empresa que hoje tem mais de 60% do capital social nas mãos de acionistas privados e ações negociadas na bolsa de Nova York se faz necessário.
Especificamente com relação ao corpo de funcionários da Petrobrás, apesar de não ser ponto de pauta na reunião, a FNP informou ao GT sobre questões importantes relacionada à Petros e AMS, que atingem drasticamente os aposentados e pensionistas; PLR; e democratização da empresa no que diz respeito ao relacionamento com os sindicatos e a Federação.
O GT informou que – como todas as outras equipes da transição – vai apenas realizar um diagnóstico sobre o Setor sem que haja desenvolvimento de propostas para o próximo governo.
Porém, essa reunião representou um primeiro passo dado pela FNP que já vem agindo no Congresso Nacional com importantes investidas como a participação na audiência pública sobre a Margem Equatorial ou quando fez visitas a gabinetes de parlamentares para levar a defesa da Petrobrás estatal quando Arthur Lira fez ameaças com a privatização integral da empresa: https://sindipetro.org.br/petrobras-alvo-bolsonaro/.
A FNP solicitou novo encontro com a equipe de transição onde possa levar técnicos e advogados e, no sábado (10), enviou ao GT, documento com dossiê jurídico, de 81 páginas, apontando as irregularidades cometidas pela Petrobrás durante o Plano de Desinvestimento que “foram vendidos por Preço Vil, com manifesto prejuízo para a Petrobrás”; levantamento específico sobre as irregularidades no processo de privatização em curso da Petrobrás Biocombustível e carta dos empregados; e sobre a ação judicial em andamento contra o Observatório Social da Petrobrás que está impedido de usar o nome da empresa. Saiba mais: https://sindipetro.org.br/fnp-documentos-transicao-governo/.