FNP questiona conflito de interesses de diretor da Petrobrás

No momento histórico em que o Brasil vivencia diariamente, nos noticiários, a realidade da corrupção em vários setores da sociedade, não é razoável que gestores em cargos estratégicos não se atenham ao princípio básico da administração.

Com isso, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), dentro dos fatos evidenciados, não pode se furtar da sua responsabilidade em defender o patrimônio do povo brasileiro e os interesses da Petrobrás. Desta forma, urge a necessidade de uma criteriosa investigação conforme os fatos alegados abaixo:

Em outubro de 2017, Pedro Parente anunciou o nome de Bruno Motta, como seu novo Gerente Executivo de Comunicação e Marcas. Acontece que Motta é sócio senior da empresa Fair Play Consulting, que tem entre seus grandes clientes, a empresa Maclaren.

Neste contexto, Bruno Motta, se utilizou da sua posição de Gerente de Comunicação e Marcas da Petrobrás para firmar contrato de parceria entre a Petrobrás e a Maclaren.

Para Raquel Sousa, advogada da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), no caso em questão, existe um claro conflito de interesses, de acordo com o artigo 156 da lei 6.404/1976 que dispõe:

“É vedado ao administrador intervir em qualquer operação social em que tiver interesse conflitante com o da companhia, bem como na deliberação que a respeito tomarem os demais administradores, cumprindo-lhe cientificá-los do seu impedimento e fazer consignar, em ata de reunião do conselho de administração ou da diretoria, a natureza e extensão do seu interesse.”

Portanto, no caso presente, o Gerente de Comunicação e Marcas da Petrobrás está defendendo qual interesse na parceria firmada: da Petrobrás ou da Maclaren? Por que a parceria com a Maclaren e não com qualquer outra grande escuderia?

Assim, diante desta situação de evidente conflito de interesses, a FNP requereu a abertura de procedimento investigatório junto a CVM (Comissão de Valores Mobiliários)  e a consequente aplicação das penalidades cabíveis.

 

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