Petrobrás não confia em valores informados pela KM e suspende acordo de liberação de verbas
Na segunda (11), os terceirizados contratados pela Kerui Método Potencial (KM) fizeram manifestação no GASLUB. A empresa demitiu cerca de 2200 trabalhadores e não tem como fazer os pagamentos devidos!
As dispensas começaram no mês passado quando a KM alegou não ter condições financeiras para repor suprimentos necessários ao trabalho dos seus empregados, mas na época dizia que somente a metade seria demitida.
O Sindicato dos Trabalhadores de Montagem e Manutenção Industrial de Itaboraí e São João da Barra (Sintramon) divulgou que após reunião com a Petrobrás e a KM no dia 24/06 ficou acertado que a Petrobrás iria liberar os valores para o pagamento das verbas rescisórias a partir de listagem dos trabalhadores demitidos feita pela KM.
A Petrobrás, ainda no dia 24/06 após a reunião com o Sintramon, confirmou a liberação da verba para o pagamento das rescisões.
Mas, no início dessa semana, em nova reunião com o Sintramon, a Petrobrás alegou falta de segurança quanto aos valores informados pela KM e suspendeu o acordo de liberação de verbas de forma rápida aos trabalhadores. O Sintramon está tomando providências para solicitar liberação judicial dos valores retidos pela Petrobrás e montou uma comissão de cinco ex-empregados para acompanhar as negociações.
O Sindipetro-RJ lamenta a situação e apoia a luta dos terceirizados que estão enfrentando a demissão especialmente nesse momento de caos econômico com desempregos e inflação em disparada. É importante responsabilizar a KM pelo sofrimento destes trabalhadores, porque a empresa deveria manter responsabilidade social e planejamento adequado ao contrato com a estatal para a realização dos serviços, que são essenciais, no GASLUB.
Além do mais esse tipo de ocorrência no GASLUB serve apenas para retardar ainda mais o planejamento do empreendimento que completou 12 anos de obras inacabadas. Entenda: https://sindipetro.org.br/km-demissoes-gaslub/
Vale ainda ressaltarmos que o Sindipetro-RJ já vinha alertando sobre a conduta da KM no GASLUB, empresa que repudiou prontamente o pagamento do adicional de periculosidade reivindicado pelos seus empregados no início deste ano. Saiba mais: https://sindipetro.org.br/adicional-de-periculosidade-e-direito-inegociavel/