Nome de presidente da Petrobrás seria retirado do Conselho Administrativo da empresa a partir da assembleia de acionistas que será realizada no próximo dia 13 de abril

Segundo informa a colunista Malu Gaspar do “O Globo” o presidente Bolsonaro teria determinado a retirada do nome de Silva e Luna do conselho da Petrobrás para viabilizar a demissão do general na presidência da empresa.

O estatuto da Petrobrás, em seu Artigo 20, diz que o presidente tem que ser conselheiro, assim Luna estaria impedido de continuar seu mandato na companhia.

Bolsonaro já teria escolhido o substituto

Ainda, segundo Malu Gaspar, para o lugar de Silva e Luna, Bolsonaro escolheria o atual presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, que teve seu nome indicado para a presidência do Conselho de Administração da Petrobrás. Por conta do estatuto não permitir o acumulo da presidência da empresa e do conselho, Landim ficaria apenas no comando da companhia.

Caso se confirme esta dança de cadeiras no comando da empresa, vai ficar mais do que claro que o governo Bolsonaro usa a Petrobrás conforme sua conveniência para proteger sua popularidade de Bolsonaro para fins eleitorais, já que concorre à reeleição. A explosão dos preços dos combustíveis, motivada pela aplicação do Preço de Paridade de Importação (PPI) e pelas privatizações de ativos da Petrobrás, está se tornando uma pedra no sapato de Bolsonaro em suas ambições eleitorais.

O general Siva e Luna tem defendido publicamente que a Petrobrás tem como prioridade seus acionistas, e que a atual política de preços é irrevogável. Por conta do lucro obtido, engordado também pelas privatizações da companhia, o presidente da empresa, conforme aplicação do Prêmio por Performance (PPP) pode embolsar R$ 1,45 milhão de bônus, por realizações que não foram ou são suas e resultados com os quais não contribuíram, como é o caso do desenvolvimento e produção do Pré-Sal que já responde por mais de 70% da produção da Petrobrás.

Da mesma forma que seu antecessor, Roberto Castello Branco, o atual presidente da Petrobrás nada mais é do que um boneco manipulado à mercê dos interesses políticos de Bolsonaro e de seus financiadores, o mercado financeiro. O presidente da República mais uma vez manifestou seu desejo de privatizar a Petrobrás, uma prova de que apenas tergiversa, já que ao longo de seu governo já pulverizou mais 50 ativos da empresa, jogando conversa fora como habitualmente faz.

Sob o governo Bolsonaro, que diz nacionalista, a Petrobrás apresentou um lucro de R$ 106 bilhões, e pagará um total em dividendos aos seus acionistas de R$ 101 bilhões, ou seja, entrega 95% do seu lucro, uma verdadeira transferência de renda da maioria da população brasileira para os bolsos dos especuladores nacionais e internacionais.

Já a possível confirmação de Landim na presidência da Petrobrás será mais um descalabro em termos de impunidade e conflito de interesse já que ele responde processo na Justiça por fraude contra fundos de pensão, dentre eles o PETROS, em decorrência de um prejuízo de R$ 100 milhões (ver matéria – https://sindipetro.org.br/fraudes-contra-fundos-de-pensao-quando-a-raposa-se-apossa-do-galinheiro/)

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