Governo Bolsonaro anuncia o fim Ministério do Trabalho

Entre idas e vindas, a equipe de transição do governo Bolsonaro resolveu pulverizar o Ministério do Trabalho

O chefe da equipe de transição e futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, alvo de inquérito pela PGR por caixa 2 em campanhas eleitorais, anunciou em uma entrevista de rádio que o Ministério do Trabalho irá “desaparecer” e que suas atribuições serão fatiadas em três partes divididas com o Ministério da Fazenda, Ministério da Cidadania e Ministério da Justiça. O Ministério do Trabalho, que completou neste ano 88 anos, é o órgão responsável pela fiscalização dos direitos trabalhistas e sua pulverização pelo governo de Bolsonaro é um claro retrocesso que vai favorecer as empresas.

Com isso, obviamente, será ampliada a precarização e a exploração dos trabalhadores, que veem seus direitos sendo reduzidos sistematicamente ao longo dos anos, seja pela reforma trabalhista, seja com a terceirização.

Outra área que deve ser duramente afetada é o combate ao trabalho escravo. Cinco das principais centrais sindicais do país manifestaram na semana passada, (5/12) seu repúdio ao anúncio da extinção do Ministério do Trabalho (MT). Em nota conjunta assinada pela Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central dos Trabalhadores Brasileiros (CTB) e a Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) foi dito que o fim da pasta “é preocupante”. “Para a classe trabalhadora, isto representará um retrocesso político que vai resultar em enormes prejuízos aos trabalhadores da ativa, aos aposentados e aos pensionistas”, afirmaram.

Ao que parece o novo governo não tem a mesma preocupação que a população expressa com a questão do emprego que, de fato, possibilita acesso aos demais direitos.

 

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