Categoria enfrenta problemas similares aos dos petroleiros
Os trabalhadores dos Correios estão em greve nacional desde a noite do dia 17 de agosto. Os 36 sindicatos e as 2 federações estão unidos aos 97 mil trabalhadores contra a proposta de Acordo Coletivo da empresa. Das 79 cláusulas, querem deixar apenas 9! E desde janeiro desse ano, o Postal Saúde passou a ser no modelo 50/50 numa categoria em que a grande maioria recebe em média cerca de três salários mínimos. Esse valor salarial é, inclusive, de funcionários que estão há mais de 30 anos na empresa!
A lista de Guedes
Sem a realização de concurso público, faltam empregados e há críticas quanto ao serviço prestado, mas é unânime o reconhecido de que somente a empresa Correios chega em todos os cantos do país. O ministro Paulo Guedes desde a época da campanha de Bolsonaro cita uma lista de estatais que quer privatizar, entre elas a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.
Eleito, Bolsonaro colocou o general Floriano Peixoto na presidência da ECT para agilizar o processo de privatização. Mas, os trabalhadores dos Correios reagiram e hoje estão em greve, ocupando inclusive três pontos estratégicos de distribuição da empresa.
Agora é a vez dos petroleiros
Apesar das assembleias dos petroleiros da base dos cinco sindicatos da FNP decidirem por não negociar o ACT durante a pandemia, a hierarquia da Petrobrás empurrou uma proposta absurda de ACT com reajuste zero e atacando frontalmente a Assistência Multidisciplinar de Saúde (AMS), passando o atual fator de 70% dos gastos pagos pela companhia e 30% pelo trabalhador para 60/40 em janeiro de 2021 e 50/50 em janeiro de 2022.
O presidente Roberto Castello Branco sonha com a privatização da companhia e está praticando a venda de ativos sem trégua desde a sua posse no governo Bolsonaro. Estão na mira, até o final do ano, a Petrobrás Biocombustível, o Polo Urucu e pelo menos quatro refinarias.
Mas, a categoria já está se mobilizando para as assembleias. A indicação da FNP é de rejeitar o ACT, porque basta de perdas! Acompanhe as notícias, participe das reuniões virtuais, compareça às assembleias e diga NÃO à retirada de direitos e à venda indiscriminada de ativos e fechamento de unidades.