Hierarquia privatista na Petrobrás aposta em terceirização, escapando de compromissos e aprofundando precarização do Sistema

Com a tragédia anunciada na refinaria de Duque de Caxias que resultou na morte de mais um petroleiro no dia 19/02 (https://sindipetro.org.br/terceirizado-morre-na-reduc1/), aprofunda-se o debate sobre a série de compromissos que a hierarquia privatista na Petrobrás tem deixado para trás com a precarização dos direitos dos trabalhadores diretos e indiretos.

É uma realidade na estatal a demanda para o preenchimento de vagas em diversas áreas, mas a decisão dos gestores tem sido priorizar a contratação de empresas, afastando-se cada vez mais da responsabilidade de contratar empregados qualificados a partir de concursos públicos. Já há unidades onde está ocorrendo a terceirização da sua Operação e Manutenção como por exemplo as utilidades do GASLUB.

Como o Sindipetro-RJ tem divulgado através de denúncias de todos os tipos, empresas contratadas pela Petrobrás reincidem em desrespeitar os direitos dos trabalhadores, como por exemplo deixar de fazer pagamentos devidos.

Na esteira da COVID-19, a situação se agrava ainda mais, porque desde o início da pandemia a Petrobrás tem mantido a prática de omitir todas as informações sobre os terceirizados. O RH da empresa apresenta relatórios semanais, devido ação do Sindicato no Judiciário, mas, ainda, sem quaisquer dados sobre os terceirizados, apresentando números completamente fora da realidade com relação à doença na empresa!

Contrato milionário x prato vazio

No GASLUB, a terceirização tem gerado preocupação entre os trabalhadores, porque a Petrobrás decidiu contratar empresas para a manutenção e a operação das unidades de utilidades numa significativa demonstração de descompromisso com a força de trabalho, além de deixar de cumprir sua função no desenvolvimento econômico da região.

Um problema recente foi o do consórcio Pennoil-Atlantis que possui contrato de mais de R$ 120 milhões com a Petrobrás, mas não pagou os salários no final de 2021, promovendo um Natal de fome contra os trabalhadores. O administrador do consórcio, desde 2020, é Luiz Fernando Guimarães de Oliveira, conhecido em Itaboraí, tendo sido secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Integração com o COMPERJ (hoje, GASLUB) em 2016, quando manteve relações como agente público perante a Petrobrás. Saiba mais: https://sindipetro.org.br/atrasados-pennoiledit/

Ao privilegiar ex-agentes da política local que abrem CNPJ para se manterem na concorrência por recursos da estatal, prestando serviços duvidosos, mantendo trabalhadores mal treinados e mal pagos, a hierarquia privatista consolida o plano de Guedes e sua turma de destruir a estatal para justificar sua venda por alguns trocados em leilões lesivos a todos os brasileiros.

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