Na manhã de terça-feira (4) mais uma refinaria da Petrobrás foi atingida por um novo incêndio. Desta vez o sinistro atingiu uma torre da unidade de Coqueamento Retardado da RNEST (Refinaria Abreu e Lima), em Pernambuco. Por conta do acidente a refinaria foi paralisada.
O acidente acontece pouco mais de três meses após um outro incêndio de grandes proporções que ocorreu em agosto, na REPLAN, em Paulínia (SP). Ainda, recentemente, no dia 25 de novembro, o mecânico de guindaste Sandro Ferreira da Silva, morreu durante um acidente na plataforma fixa PNA-2, da Petrobrás, localizada no Campo de Namorado, na Bacia de Campos. Sandro era funcionário da empresa RIP Kaeter e realizava manutenção em um guindaste quando foi esmagado pelo equipamento.
A proximidade entre esses acidentes acende a luz vermelha e evidencia os riscos que os petroleiros e petroleiras correm, diariamente, no exercício de seus trabalhos. Riscos que aumentam são por conta da redução ou falta de manutenção, das demissões e da precarização das condições de salário e trabalho, reduzindo o padrão da segurança operacional que manteve a empresa sem acidentes de grandes proporções como os que, agora, passam a ser recorrentes.
Por sorte, e obra do destino, os incêndios da REPLAN e RNEST não tiveram vítimas, mas Sandro Ferreira da Silva não resistiu na PNA-2.
Passou da hora da Petrobrás deixar de contar com a sorte e tomar atitudes para evitar acidentes de grandes proporções e tragédias como a de Sandro.
É preciso que as causas desse acidente sejam apuradas e todas as medidas de segurança dos trabalhadores sejam tomadas imediatamente!
Tudo, antes que outra refinaria seja palco de mais um acidente e trabalhadores morram em serviço.
Em defesa da vida, chega de sucateamento!