Há 22 anos, em 15 de março de 2001, 11 trabalhadores petroleiros da plataforma P-36 tiveram suas vidas ceifadas por duas explosões e naufrágio da unidade, considerado um dos grandes desastres internacionais da indústria do petróleo
A perda total da P-36, cuja produção prevista seria de 180 mil barris por dia, segundo levantamentos da época, causou um prejuízo estimado em um R$1 bilhão.
Era um contexto de promoção do neoliberalismo que estava sendo cada vez mais implantado na Petrobrás, no então governo de FHC, surfava no salto tecnológico conquistado pela Petrobrás naquele momento, em que se pensava até na mudança do nome para “Petrobrax”. Mas o aparente sucesso escondia uma sucessão de sinistros, expondo as lacunas da empresa no campo da saúde, segurança e meio ambiente que permanecem até hoje.
Apesar de suas premiações e certificações, que valorizam sua marca e contribuem para maior remuneração de seus acionistas, escondem uma realidade de subnotificações de acidentes de trabalho, precarização, assédio e abusos contra empregados terceirizados e próprios. E a pandemia da COVID-19, em dois anos, foi um exemplo disso, mostrando como isso acontece no dia a dia de quem atua nas plataformas da Petrobrás.
Que os 11 trabalhadores falecidos no desastre da P-36, nunca sejam esquecidos e que o sinistro, depois de 22 anos, sirva de referência para uma política de SMS que respeite os trabalhadores.
Adilson Almeida de Oliveira;
Charles Roberto Oscar;
Emanoel Portela Lima;
Ernesto de Azevedo Couto;
Geraldo Magela Gonçalves;
Josevaldo Dias de Souza;
Laerson Antônio dos Santos;
Luciano Cardoso Souza;
Mário Sérgio Matheus;
Sérgio dos Santos Souza; e
Sérgio dos Santos Barbosa
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