Mais uma (e provavelmente a maior) traição da FUP

– Quando enfrentamos o maior ataque às con­quistas históricas de nosso ACT;

– Quando estamos sob o maior ataque ao patri­mônio público e à Petrobrás;

– Quando vivemos uma conjuntura de crise no governo Bolsonaro e, em outros países, verdadei­ras insurreições mostram também aos brasileiros o caminho da luta e a possibilidade de juntar for­ças com outras categorias como caminhoneiros para tentar barrar os planos de Guedes e cia;

– Quando, justamente por isso tudo, a catego­ria estava armada para aquela que deveria ser a maior greve dos últimos tempos…

A FUP, de um dia para o outro, puxa o tapete dos milhares de petroleiros, muda o discurso e a proposta “inaceitável” vira “conquistada em nego­ciação”, rasga as páginas do Acordo e vira as costas para os petroleiros, inclusive para seus próprios filiados em Minas Gerais. E como se o quadro de greve nacional não tivesse a decisiva contribuição da FNP.

A coisa ficou tão vergonhosa que foi necessário lançar, na mesma hora, a notícia que estavam orga­nizando… uma greve (?!). Além de vários dirigentes tripudiando nas redes sociais com os ataques, ter­rorismo e calúnias que a direção da empresa des­pejava com todo seu poder de comunicação sobre o Sindipetro-RJ.

A unidade é um discurso que na prática deve­ria ser preponderante na atual conjuntura, mas infelizmente para a FUP não é. Hoje, talvez, a ca­tegoria petroleira e a Petrobrás passam por um dos momentos mais críticos de suas respectivas histó­rias, com o ataque neoliberal sendo operado de for­ma voraz. A grande contradição é aceitar e tentar “dopar” a categoria, tentando prepará-la para per­das irreversíveis, tratando isso como um remédio amargo que é necessário na atual conjuntura.

A FUP adota uma conduta de abandono da unidade para tentar impor uma visão que rene­ga qualquer anseio da categoria. E ao abandonar a greve fez com que a luta pela manutenção em­pregos e de direitos da categoria petroleira e a luta contra o desmonte da Petrobrás fosse uma mera quimera, quando na realidade o que importa é a permanência da velha burocracia sindical, que do alto de sua casta ou nomenklatura só serve para domar os trabalhadores para alegria de Castello Branco, Guedes e Bolsonaro.

 

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