Na última sexta-feira (13), um grupo de petroleiros dos terminais TEBIG e TABG se reuniu para discutir as estratégias de luta para defender a Petrobrás, a Transpetro e demais subsidiárias (incluindo a BR Distribuidora) e o Brasil.
Ao longo do dia, os trabalhadores fizeram uma análise do papel de sua unidade industrial em relação à cadeia do petróleo no estado do Rio de Janeiro e adjacências. Por fim, chegou-se à conclusão de que uma GREVE, mesmo tendo apenas a adesão dos trabalhadores do estado do Rio de Janeiro, teria um impacto gigantesco na economia fluminense.
Tendo em vista os recentes ataques do governo Bolsonaro à soberania nacional, com a venda do controle da BR Distribuidora, a iminente venda de 8 refinarias, os leilões de campos de petróleo (que já acontecem desde o governo FHC, sem interrupções), as declarações do presidente da Petrobrás sobre o projeto de manter a empresa somente no Sudeste do país, inclusive com a desocupação de ativos, como o EDIBA, na Bahia, nós, petroleiros do estado do Rio de Janeiro , vemos como única forma de defesa a estes ataques a organização da classe trabalhadora e o início de uma greve, cuja pauta principal é a interrupção do projeto entreguista do governo Bolsonaro.
É importante ressaltar que estamos em plena negociação de um Acordo Coletivo de Trabalho, e que um eventual sucesso na negociação deste acordo não deve desmobilizar a organização da categoria petroleira. O governo está vendendo a nossa soberania por preço de banana, e este é o principal motivo da nossa luta, mais importante do que o ACT, mais importante que nossos empregos de crachá verde. ESTAMOS EM GUERRA!
É importante lembrar também que vivemos em um estado de exceção, com uma grave crise institucional no Brasil. Em 1995, mesmo com todos os trâmites legais cumpridos de acordo com a Lei, consideraram nossa greve ilegal. Por isso, entendemos que o judiciário irá considerar nossa futura paralisação ilegal, e que mesmo assim, a classe trabalhadora
deve prosseguir com a luta. ESTAMOS EM GUERRA!
Sendo assim, os petroleiros do RJ convidam os petroleiros de todo Brasil, os Sindipetros, a FNP e a FUP para iniciarmos nosso movimento paredista no dia 03/10/2019. Desejamos que esta greve tenha adesão nacional, porém devido
a gravidade dos ataques propostos por este governo, estamos considerando fazer a greve sozinhos.
ESTAMOS EM GREVE, VAMOS À LUTA!