Motoristas terceirizados enfrentam gestão da bagunça na Transpetro

O Sindipetro-RJ apurou uma série de condições que vêm afetando o trabalho dos motoristas que prestam serviços para a Transpetro

Há cinco anos, a Salute contratava pela CLT com salário de R$ 2.077,00 e benefícios como plano de saúde familiar e vale-refeição de R$ 688,00. Depois, a AGF entrou para contratar os motoristas e a Salute passou a fornecer somente os carros. Os trabalhadores tiveram suas contratações revistas e a situação, desde então, só tem piorado. Hoje, eles recebem em torno de R$ 1.300, vale-refeição de R$ 250 e o benefício de saúde familiar mantido.

Baixo valor de contrato põe manutenção de carros em xeque

A conservação dos carros é preocupante. A Salute, que também opera em Terminais, estaria alegando não ter orçamento para trocá-los, porque o valor do contrato com a Transpetro estaria congelado desde outubro de 2017.

A dança dos contratos

Parece que a Transpetro está numa encruzilhada já que está no limite para aditivos contratuais de renovação. Tudo indica que por causa do baixo valor oferecido, nenhuma outra empresa do ramo demonstrou interesse em licitação aberta pela Transpetro e o contrato da AGF, que terminou, já teria recebido três aditivos.

Para resolver o problema, por exemplo, na sede, a Transpetro contratou uma terceira empresa, a ACV Tecline, por seis meses, que neste mês de junho já entrou na segunda renovação.

Situação caótica pode abalar a saúde dos motoristas

Tudo indica que com baixos salários, vale-refeição defasado e carro sem manutenção adequada, os motoristas destas empresas estão expostos a situações que afetam a saúde física e mental podendo por em risco inclusive a vida dos petroleiros que são conduzidos por eles diariamente.