Mulheres sofrem com falta de camarotes e banheiros

Trabalhadoras embarcadas em regimes de turno e sobreaviso convivem com a falta de camarotes e banheiros em plataformas e sondas

O Sindipetro-RJ tem recebido denúncias de que empregadas precisam compartilhar os poucos camarotes femininos existentes entre trabalhadoras do Regime de Turno e Sobreaviso. Isso acaba causando impacto no descanso das trabalhadoras por conta rotina e horários diferentes de cada regime de trabalho.

O Sindicato e a FNP pedem a existência de no mínimo quatro camarotes nas plataformas da Petrobrás, e que eles sejam fixos, evitando assim que as trabalhadoras mudem várias vezes para outros camarotes a cada embarque realizado.

Sobre os banheiros femininos, há relatos da inexistência e pouca quantidade nas áreas operacionais das sondas em Búzios.

Por sua vez, a Petrobrás alega que esses assuntos são de difícil resolução pois envolvem o projeto original de construção das plataformas e sondas que acabaram por não relevar a população feminina nas unidades offshore. A empresa alega que as próximas plataformas e sondas vão contemplar essa demanda. Para tentar amenizar a situação, a gestão da Petrobrás lançou um manual de “boa conduta” que não resolve nada.

A pauta das trabalhadoras em offshore

Inúmeras vezes, o Sindipetro-RJ e a FNP têm apresentado o problema para a gestão da Petrobrás, nas diversas reuniões, fóruns, como nas reuniões de acompanhamento de ACT, Comissão de SMS, Comissão de Diversidade e Combate à Violência, inclusive nas reuniões de PLR, como também nas reuniões locais com o RH de Búzios, oficializando também através de cartas-ofício enviadas (Carta ofício 383/2024 – Sindipetro-RJ e Carta 086/2024 – FNP) para a companhia.

Os pontos envolvidos nas pautas enviadas sobre o tema envolvem:

1- EPI feminino;

2- Inexistência de banheiros e vestia rios femininos nas sondas;

3- Fim de camarotes femininos compartilhados com trabalhadoras de regimes diferentes (regime de turno e sobreaviso), causando impactos nas rotinas de descanso;

4- Aumento de camarotes femininos, com a garantia de no mínimo quatro camarotes;

5- Camarotes femininos fixos. Ha muitos relatos de trabalhadoras que mudam diversas vezes no mesmo embarque; e

6- Inexistência de banheiros femininos na área.

 

Por que para a maior empresa do Brasil é tão difícil e burocrático resolver questões básicas para as suas trabalhadoras?

 

 

 

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