As centrais sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, CSB, Intersindical, CGTB e CSP-Conlutas estão organizando uma greve geral para 5 de dezembro contra o projeto de reforma da previdência que será votado em dezembro. Por isso estamos convocando plenária geral de organização dessa greve, nesta quarta (29), a partir das 17h30, no Sindipetro-RJ, com participação de representantes dos movimentos sindical e social.
GREVE POR QUÊ? – A CPI da Previdência já mostrou que não há rombo no setor, contrariando os defensores da reforma. E enquanto retira direitos do trabalhador dificultando sua aposen-tadoria, o governo federal perdoa dívidas dos setores empresariais e reduz a alíquota da contribuição paga por produtores para o Fundo de Assistência ao
Trabalhador Rural (Funrural), usado para auxiliar no custeio da aposentadoria dos trabalhadores rurais. Além disso, setores como Legislativo, Judiciário e militares não terão nenhuma mudança. O Centro de Estudos Sindicais da Unicamp divulgou na semana passada o levantamento “Reforma Trabalhista e Financiamento da Previdência Social: simulação dos impactos da pejotização e da formalização”. Realizado pelos pesquisadores da Unicamp Ar- thur Welle, Flávio Arantes, Guilherme Mello, Juliana Moreira e Pedro Rossi, o estudo analisou “os impactos da reforma trabalhista na arrecadação de recursos para a seguridade social, em particular o financiamento da previdência social” (http://bit.ly/teseprevidencia). E concluiu que as mudanças vão trazer impacto na Previdência, mostrando que para cada trabalhador que deixa de ser assalariado para virar “empresa”, o sistema público perde 3.727 reais ao ano. Ou seja, as atuais mudanças, além de impactarem diretamente na vida dos trabalhadores, que trabalharão mais tempo para receber menos, podem inviabilizar a Previdência no longo prazo.