Nota do Sindipetro-RJ sobre a troca de presidência da Petrobrás

O Sindipetro-RJ não lamenta a saída do General Silva e Luna da Presidência da Petrobrás, assim como repudia a indicação de seu sucessor, Adriano Pires

A presidência  de Silva e Luna não se diferenciou do ultraliberalismo de Castello Branco, mantendo a mesma truculência com os petroleiros e subserviência aos acionistas privados

Repudiamos também a indicação/nomeação de Adriano Pires e Rodolfo Landim, à Presidência e ao Conselho de Administração da Petrobrás, ambos com explícitos conflitos de interesse, pois o primeiro é braço das empresas de petróleo internacionais e o segundo tem interesses diretos de seus negócios conflitantes com a atuação da Petrobrás.

Apesar da demissão de Silva e Luna ter representado mais uma derrota desse desgoverno, incapaz de manter um presidente no meio das negociatas de bastidores, mostra também uma disposição a avançar com toda força para uma última batalha de ataques e privatizações antes das eleições, buscando talvez arrebanhar ainda mais a simpatia do grande empresariado.

O Sindipetro-RJ segue no combate contra o aprofundamento da corrupção das privatizações (vendas de ativos e desinvestimentos) e dos preços abusivos dos combustíveis contra os brasileiros, com especial atenção, também, ao combate às fraudes contra o fundo de pensão dos trabalhadores da Petrobrás, o PETROS.

Nossa luta contra a PPI, já obrigou a Petrobrás e o Congresso Nacional a criarem o Auxílio Gás, mesmo que para uma pequena parcela mais empobrecida dos brasileiros. E Bolsonaro teve que sancionar a lei. A própria base do Governo Bolsonaro no Senado, pressionada, votou a favor de um projeto que amenizaria a frequência dos reajustes nos combustíveis. O Governo, enviou ao Congresso, para parecer defender o povo, projeto de uniformização da parcela de ICMS que incide sobre os combustíveis e reduziu ou zerou os impostos federais incidentes, só, na distribuição. Parcela pequena dos impostos, participações, contribuições e royalties que o Governo Federal recebe da atividade da Petrobrás. Se seguem projetos que tentam tampar o sol com uma peneira com Auxílios para os motoristas de aplicativos e os caminhoneiros.

Até senadores e deputados têm tentado institucionalizar a intervenção política, contra a Petrobrás, buscando fixar a PPI em lei e consolidar a proibição da Petrobrás poder concorrer no mercado nacional e repassar parte da lucratividade advinda das vantagens competitivas do Brasil, do país (as tecnologias da Petrobrás e as características das reservas do Pré-Sal de produtividade e qualidade), à população brasileira, também nos preços das bombas dos combustíveis.

Tudo isto nos diz que devemos permanecer a esclarecer a população do absurdo dessa política de preço de importação e da responsabilidade do Presidente do país e de todos os seus indicados na Petrobras: desde o presidente ao contínuo apadrinhado.

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