O 1º de Maio de 2020

Petroleiros e petroleiras se somam na celebração do Dia do Trabalhador e da vida em tempos de pandemia da COVID-19, resistindo na luta contra a necropolítica dos governos

A foto de três trabalhadoras do comércio ajoelhadas, de máscaras, em um ato no município Campina Grande (PB), em que foram obrigadas por seus patrões a agirem assim, fazendo louvores e orações pedindo a reabertura do setor do comércio local, mostra bem como os trabalhadores ainda sofrem abusos de sua dignidade e contra sua dignidade e como o capitalismo não respeita a vida. Talvez esta imagem represente de forma icônica o que este 1º de Maio deve representar na celebração e luta dos trabalhadores por seus direitos e a defesa da vida em tempos de pandemia da COVID-19, em que a distopia bolsonarista segue firme em nome do capital quando responde com um arrogante “E daí?” ao ser indagado sobre o aumento do número de mortes pela pandemia.

134 anos depois ainda lutamos por direitos básicos

O atual contexto de opressão generalizada aos trabalhadores no Brasil nos remete ao distante ano de 1886, quando no dia 1º de maio milhares de trabalhadores foram às ruas de Chicago (EUA) para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de 13 para 8 horas diárias.

Naquele dia, as manifestações movimentaram a cidade, causando a ira dos patrões, sendo a repressão ao movimento muito violenta, com prisões, pessoas feridas e trabalhadores mortos nos confrontos entre os operários e a polícia.

Por isso, em memória a esses trabalhadores de Chicago e por tudo o que esse dia representou na luta pelos nossos direitos, ficou o exemplo para o mundo todo e este dia 1º de Maio foi consignado como o Dia Mundial do Trabalhador. Assim como naquele longínquo ano de 1886, temos hoje como trabalhadores e trabalhadoras a bandeira da luta por direitos e, principalmente, pela vida.

#ForaBolsonaroeMourão #ForaCastelloVírus

Vamos todos juntos construir um grande ato neste 1° de Maio que afirme a defesa da saúde e da vida dos trabalhadores com a garantia de quarentena geral, emprego e salário, o aumento e pagamento do auxílio emergencial, o não pagamento da Dívida Pública e o uso desses recursos para as áreas da saúde e social.

Somos luta e Resistência – seguiremos combatendo pela construção de uma sociedade sem explorados nem exploradores!

 

Versão do impresso Boletim 211

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