O povo do Rio Grande do Sul precisa de sua ajuda

Atualizado em 13/05/2024

O Sindipetro-RJ pede mobilização da categoria petroleira de sua base no apoio aos afetados pelas chuvas que castigam o Rio Grande do Sul desde o 1º de maio

Segundo  informe atualizado do governo do estado do Rio Grande do Sul, até 13/05/24,  já são mais de  538.241 mil pessoas fora de casa, e 2.115.703 atingidos em 447 cidades, com mais de 147 mortes e 127 desaparecimentos.

Diante disso, o Sindicato faz um chamado para doações para a campanha “Petroleiros Solidários” para o PIX solidariedade@sindipetro.org.br

A crônica anunciada de uma tragédia

A tragédia que afeta a população gaúcha não é resultante somente de um fenômeno meteorológico, ela advém da adoção de um método que enfraquece às políticas públicas preservação ambiental. A prova disso é que em primeiro ano de seu mandato, em 2019, o governo de Eduardo Leite (PSDB) fez alterações no Código Ambiental do Rio Grande do Sul, que passou por nove anos de debates, audiências, refinamentos e sofreu modificações em 480 pontos da legislação ambiental estadual.

O governador do estado aprovou uma lei que suaviza as normas ambientais para a edificação de represas em zonas de preservação contínua. As zonas de preservação permanente (APPs) abrangem florestas e outras formas de vegetação natural, assim como terras localizadas ao longo de cursos d’água, lagos e reservatórios naturais.

Neoliberalismo acelera efeitos catastróficos das mudanças climáticas

O Primeiro Relatório de Avaliação Nacional do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, de 2013, cuja redação participaram 345 cientistas, já previa que as mudanças climáticas trariam mais chuva ao Rio Grande do Sul. “No período até 2040 prevalecem condições de clima regional de 5% a 10% mais chuvoso e até 1ºC mais quente, mantendo a tendência de aquecimento entre 1º e 1,5ºC e intensificação das chuvas entre 15% e 20% até meados do século (2041-2070)” – diz o trecho que avalia a situação no estado.

Os relatórios e estudos especializados existem, mas são propositalmente esquecidos nas gavetas dos governantes, além do corte de investimentos em órgãos de fiscalização ambiental. Em 2024, o orçamento do governo gaúcho para a Defesa Civil foi de apenas 50 mil reais. Isso mesmo, apenas 50 mil para um ano inteiro, sendo que em 2023 o estado já havia sofrido com fortes chuvas e ciclones.

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