PDV: Petrobrás espera cortar 8,5% do pessoal na Transpetro

Nesta segunda (29), a gestão bolsonarista na Petrobrás anunciou que está projetando economizar R$ 552 mi até 2025 com Plano de Demissão Voluntária na subsidiária. O valor vem da diferença entre os valores que deixarão de ser pagos mensalmente a quem aderir ao Plano e o custo das indenizações numa estimativa da empresa de que este PDV deverá atingir pelo menos 557 funcionários. Os desligamentos devem ocorrer entre setembro deste ano e julho de 2021.

Prioridades distorcidas

A direção da empresa afirmou que o PDV “visa promover a adequação do efetivo marítimo às ações de gestão ativa da frota”. Este raciocínio de cortar custos com pessoal, dispensando profissionais sem qualquer cuidado ou respeito, é o mesmo que se observa no que se refere à adoção de medidas de proteção contra a COVID-19. Sempre economizando com o que não deveria, a gestão expõe petroleiros e petroleiras diariamente aos riscos de contágio.

PDVs geram muitas dúvidas

Não faltam dúvidas sobre o PDV 2019. O setor Jurídico do Sindicato produziu um parecer tecendo vários comentários. O estudo aponta que a gestão da empresa está desmontando o seu quadro funcional de uma forma atabalhoada para satisfazer a lógica de mercado, sem se importar com o futuro da Petrobrás ou de seus empregados.

Em peça publicitária recente, por exemplo, usa a imagem de um casal num veleiro em alto mar. Será que a realidade brasileira hoje permite que os trabalhadores usem a indenização do PDV para fazer investimento em um barco de luxo? Talvez os gestores estejam pensando em suas polpudas gratificações e PPPs quando fazem tais suposições.

Videoconferência com setor Jurídico

Os advogados do setor Jurídico do Sindicato estarão disponíveis para responder a questionamentos sobre o PDV 2019 nesta terça (30) a partir das 17h30, em uma videoconferência que pode ser acessada neste link aqui 

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