Pela liberdade imediata para o argentino Sebastián Romero! Lutar não é crime!

Neste sábado (30/05), o metalúrgico argentino Sebastián Romero foi preso no Uruguai. O trabalhador é perseguido político por ter participado, em 2017, da mobilização contra a Reforma da Previdência imposta pelo governo de Maurício Macri, presidente da Argentina na época.

No dia 18 de dezembro daquele ano, uma manifestação com milhares de argentinos em frente ao Congresso foi duramente reprimida pela polícia. O saldo daquele dia foram dezenas de feridos, em que muitos perderam a visão, em uma situação completamente fora de controle, como toda a imprensa nacional expressou.

Apesar de os trabalhadores argentinos terem sido alvo de uma brutal repressão, com balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo, a polícia e a grande mídia maldosamente fizeram uma campanha de criminalização da mobilização, acusando-os de usar “armas caseiras de guerra” (paus, pedras e fogos de artifício). Tudo para aprovar a nefasta reforma que atacou a aposentadoria dos trabalhadores, a mando do FMI (Fundo Monetário Internacional).

Sebastián foi usado pelo governo de Mauricio Macri, e de sua ministra de Segurança, Patricia Bullrich, para desmoralizar a mobilização popular contra o ajuste e desde então é perseguido, com mandado de prisão e até oferta de recompensa. Por isso, há mais de dois anos, Sebastián não pode ver sua família, nem amigos e amigas, nem seus companheiros e companheiras de militância do PSTU Argentino, tendo sido obrigado a se exilar.

Como parte da perseguição, seu companheiro de partido, Daniel Ruiz, chegou a ser preso injustamente por 13 meses na Penitenciária de Máxima Segurança de Marcos Paz.

A prisão de Sebastián neste sábado o torna um preso político, o que é inadmissível numa sociedade que se pretende democrática.

O governo uruguaio, presidido por Luis Lacalle Pou, deve enviar Sebastián de volta a seu país e permitir a ele comunicação imediata com sua família.

Na Argentina, deve ser solto de imediato pelo governo de Alberto Fernandez e pela justiça do país.

A FNP e os Sindipetros RJ, LP, SJC, ALSE e PAAMMAAP se somam às dezenas de entidades brasileiras que já se pronunciaram em solidariedade classista e internacionalista à Sebastián Romero, seus familiares, companheiros de partido, colegas da fábrica e todos os lutadores argentinos, na exigência da imediata libertação de Sebastián e pela liberdade de manifestação de todas as organizações democráticas e dos trabalhadores.

– Pela imediata libertação de Sebastian Romero!
– Lutar não é crime

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