Petros: Audiência Pública na ALERJ

Nesta segunda-feira (7), o plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) recebeu uma Audiência Pública sobre o Equacionamento do Plano Petros I (PPSP) organizada pela Comissão de Trabalho, Legislação Social e Seguridade, presidida pelo deputado estadual Paulo Ramos (PSol).

Com uma grande presença de trabalhadores aposentados do sistema Petrobrás, o encontro contou com a presença de representantes do Fórum em Defesa do Plano Petros, Paulo Brandão (FENASPE), Fernando Siqueira (AEPET), e Roberto Ribeiro (Sindipetro-RJ) e das integrantes do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), Barbara Salomão e Glaucia Santana.

“A forma como está sendo implantado esse equacionamento é intolerável. O que foi feito, quase que propositalmente, foi para inviabilizar o plano. Com o agravante de que, a partir deste mês, provocado pela direção da Petros, a absurda decisão de cisão do plano” – disse Paulo Brandão.

Para Fernando Siqueira, a inviabilização do PPSP integra o plano de desmonte da Petrobrás promovido por seu atual presidente Pedro Parente. “Para eles, o Plano Petros representa um risco para os potenciais compradores da Petrobrás. A verdade é que a direção da empresa não quer mais pagar os benefícios aos seus aposentados, então, para isso, querem desmontar o plano”- denunciou Siqueira.

A unidade da categoria petroleira foi lembrada como primordial para impedir o equacionamento de R$ 27,7 bi. “O Sindipetro-RJ e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) há tempos vem denunciando o que está acontecendo com o Plano Petros. O fato é que só a unidade das federações e de toda categoria pode reverter esse quadro, pois o que se apresenta, é para acabar com todo o sistema Petrobrás” – lembrou Roberto Ribeiro, diretor do Sindipetro-RJ.

As representantes do MP-RJ explicaram com a instituição atua para fazer prevalecer os direitos dos participantes do plano. “Nessa discussão do Plano Petros, atuamos, principalmente, no campo da tutela coletiva, na qual nos interamos das ações coletivas. Ao nosso conhecimento já chegaram oito ações coletivas de representações sindicais e de representações classistas. Por isso, é importante estarmos aqui nesta audiência ouvindo a categoria. Há nessa questão um princípio de contrato social, nessa relação que se estabelece entre os participantes do plano e a Petrobrás que não nos permite ficar distantes” – explicou Barbara Santana.

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