A Diretoria Colegiada do Sindipetro RJ se reúne na segunda (18) e deve convocar assembleias para a próxima semana. A reunião é aberta e os (as) petroleiros (as) são convidados a participar. Avenida. Passos, 34 – 17h30.
A tendência é o indicativo de rejeição, mobilização e judicializacão contra a farsa do conceito de remuneração que a empresa tenta impor, descumprindo o acordo coletivo assinado. Regramento, aliás, proposto por ela mesma.
Esta também foi a conclusão da reunião da FNP que aconteceu na última quinta-feira, após a reunião com o RH, que se mostrou inflexível e que também reafirmou que não pretende pagar a PLR aos trabalhadores de Araucária, item no qual também insistimos.
Qual é a sua “remuneração”?
A principal questão é que a proposta ignora – ou frauda – o acordo coletivo assinado. Nele, está escrito que, no caso de não haver lucro (e nem vamos entrar neste mérito), temos direito a metade da PLR anterior mais meia “remuneração”.
Acontece que a Petrobrás retorce seu próprio conceito de remuneração. Ao invés do conceito praticado na pesquisa de ambiência e no 13o, por exemplo, e que consta de vários documentos da empresa, a empresa deliberada e unilateralmente restringe nossa “remuneração” a RMNR+ATS, mas mantém a “remuneração global” dos gerentes, ou seja, sua função gratificada!!
Neste cálculo, deveriam entrar as horas extras e o auxílio almoço, por exemplo, que pode significar um valor considerável para parte da categoria. É verdade que para 2014 este conceito foi aceito pelas assembleias. Isso não quer dizer que temos que fazê-lo novamente. Este não é o Acordo Coletivo assinado, a quitação anterior não significa compromisso nem jurisprudência para nada.
Robin Hood às avessas
A atual proposta tira do peão pra encher o bolso do gerentão. Sem respeitar o parâmetro piso-teto e a remuneração, a proposta cria a maior distorção de todos os tempos.
Na proposta dos gestores, os gestores podem chegar a ganhar 20 vezes a mais ou mais que nós, pobres mortais. Ao invés dos 2,5. Se a Petrobrás não dá lucro, os gerentes ganham algumas vezes mais do que já seria sua posição privilegiada…
Se a Petrobrás quisesse, poderia, por exemplo, fazer nova proposta, achatando o teto e aumentando o piso. Mesmo que isso não representasse uma proposta justa e de acordo com o regramento, mostraria outra postura do RH. Mas nem a isso se dispõe.
Judicialização
Veja o parecer do Jurídico da FNP sobre a questão. Obviamente, não há garantia de vitória e não sabemos quanto pode demorar, mas temos base legal, podemos e devemos brigar pelo nosso direito.
Além disso, a empresa quer nos forçar a assinar a quitação nos moldes propostos. Se tivessem a segurança jurídica que dizem ter, que depositem os valores e deixem a categoria protestar em juízo. Mas isso eles não querem arriscar.
Rejeição, mobilização e judicializacão – PARTICIPE DAS ASSEMBLEIAS!!
Vamos à mobilização, retomar nossa greve, levar a empresa a juízo, não baixar a cabeça. Nossa tarefa é muito maior, é defender nossos empregos e carreiras, a Petrobrás estatal, a Petros e nosso ACT. Por isso, uma das propostas a serem debatidas neste Colegiado e nas assembleias é não aceitar a chantagem falcatrua da PLR Robin Hood às avessas.
Fique ligado no calendário de assembleias a partir de terça-feira (19/06).
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