Trabalhadores avulsos do Terminal Portuário de Angra dos Reis (TPAR) iniciaram greve na quinta-feira (10) contra a retirada unilateral de diversos direitos, entre eles tíquete alimentação e uma remuneração mínima fixa, independente da demanda de trabalho local.
Com data-base em outubro, o Sindicato dos Arrumadores de Angra (SATPCAAR), vem negociando a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) com a empresa Techinip Operadora Portuária, que arrendou o Porto em 2009, por 25 anos. O local é de propriedade da Companhia Docas. Porém, a direção da empresa, além de não responder às reivindicações, cortou a remuneração fixa e o tíquete, em 31 de dezembro, sob alegação de estar aplicando a reforma trabalhista. Na sexta-feira (11), o Sindicato recebeu um interdito proibitório expedido pela 1ª Vara do Trabalho de Angra, impedindo a realização de atos e piquetes, sob pena de multa diária de R$ 20 mil.
Os trabalhadores também estão impedidos de acessar os vestiários, que foram trancados pela Techinip, sendo que muitos guardam objetos pessoais como roupas e remédios nos armários.
Na segunda-feira (14), às 8h, haverá reunião com o prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão, para debater a situação. Na terça (15), está programado um ato na porta da sede do Techinip, no Rio de Janeiro, com passeata até a Companhia Docas, para denunciar o que vem ocorrendo. O TPAR é licenciado para movimentação de cargas e apoio logístico às atividades Offshore.