Pré-Sal: Castello Branco defende reservas brasileiras nas mãos de grupos internacionais

A Pré-Sal Petróleo SA (PPSA), que administra 17 contratos de partilha de produção, divulgou em boletim que em outubro passado houve aumento de 74% no volume do excedente em óleo da União com origem na Área de Desenvolvimento de Mero, no Entorno de Sapinhoá e em Sudeste de Tartaruga Verde com média diária de 44 mil barris de petróleo nos três contratos.

Por outro lado, enquanto a PPSA representa os interesses da União nos contratos, a hierarquia bolsonarista quer mudar as regras de exploração e produção. Roberto Castello Branco, por exemplo, já defendeu a extinção do regime de partilha em várias videoconferências durante esses meses de isolamento social, alimentando os desejos de Paulo Guedes.

Castello Branco defendeu essa tese, por exemplo, na Rio Oil & Gás – maior evento do setor na América Latina, que aconteceu na primeira semana deste mês em versão totalmente digital. “Acho que o arcabouço regulatório para a exploração de petróleo no Brasil tem que ser modificado”, disse, acrescentando que trata-se de “um negócio complicado”.

Como exemplo, Castello Branco tem usado o leilão do excedente do volume de petróleo e gás que a União cedeu à Petrobrás, realizado em novembro de 2019, para afirmar que a disponibilidade de recursos naturais no Brasil é uma condição necessária para que o país; se posicione bem no mercado.

O problema é que o que Castello Branco chama de “bem posicionado no mercado” significa o Brasil abrir mão da soberania e entregar aos investidores estrangeiros toda a riqueza encontrada no Pré-Sal.

Para ver o boletim 10/2020 da Pré-Sal Petróleo SA: http://presalpetroleo.gov.br/ppsa/conteudo/boletim_mensal_2020.pdf

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