Protesto no Rio reúne trabalhadores de estatais contra as privatizações de Temer e Pezão

Nesta sexta-feira (1), no Centro do Rio, trabalhadores e trabalhadoras de empresas estatais federais e estaduais e integrantes  de movimentos sociais participaram de um ato em protesto contra as privatizações promovidas pela Governo Federal. A partir das 9hs da manhã uma multidão ocupou as escadarias da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) antes do inicio da Audiência Pública ‘As privatizações e o impacto na economia do Estado do Rio de Janeiro’ com foco no sistema Eletrobrás, Casa da Moeda, Cedae, Petrobrás e fundos de pensão, promovida pela Comissão de Trabalho e Economia.

Cafu
Imagem: Samuel Tosta

“Para nós vencermos, hoje é necessário unificar todas as lutas contra a privatização, a luta contra a perda de direitos Trabalhistas e a reforma da Previdência.  Em defesa de nossos direitos todo o povo brasileiro precisa se unir ou sucumbir a essa entrega promovida por esses governo , congresso  e judiciário corrupto que não têm apoio da população” – disse André Bucaresky, diretor do SINDIPETRO-RJ.

O Governo Federal anunciou em 23 de agosto um pacote de privatizações com 57 empresas e projetos. Na lista, 14 aeroportos, 15 terminais portuários duas rodovias e 11 lotes de linhas de transmissão de energia.

“O sistema Eletrobrás é fundamental par ao desenvolvimento do país. Sem isso, o Brasil fica entregue na mão dos estrangeiros, e não é só. A questão da água também merece ser lembrada com essa conversa de entrega dos reservatórios do sistema elétrico e da privatização da Cedae” – falou Gustavo, funcionário do sistema Eletrobrás.

(Imagem: Samuel Tosta)

Marcelo Reduc
Durante a Audiência Pública na Alerj, petroleiro denuncia o sucateamento da- REDUC

O Estado do Rio de Janeiro é sede de estatais federais estratégicas como a própria Eletrobrás, Petrobrás, Casa da Moeda, além do próprio Estado ter controle acionário da Cedae, empresa responsável pelo abastecimento de água e tratamento de esgoto que teve sua venda aprovada na Alerj conforme proposta do governador Pezão aprovada pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, em fevereiro, como uma das contrapartidas para que o governo do Rio de Janeiro recebesse ajuda financeira do governo federal. Na semana passada, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou que pretende ser sócio da Cedae e participar com até 49% das ações.

Além da defesa da soberania nacional e das estatais, outro tema importante foi discutido na audiência e no protesto: a crise no fundo de pensão Petros.

“Infelizmente, o nosso fundo de pensão Petros esta aí com um rombo de R$29 bilhões  em função da má gestão dos últimos governos. Então, estamos aqui  para brigar pelo nosso direito e não podemos pagar por uma dívida que nós funcionários ativos e inativos da Petrobrás não fizemos “ – enfatizou Roberto Ribeiro, diretor da secretaria de Aposentados e Pensionistas do SINDIPETRO-RJ.

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