Assembleias multitudinárias dão o troco no assédio
As assembleias da categoria petroleira para deliberar sobre a proposta de ACT da Petrobrás, mostraram o quanto os petroleiros se mostram dispostos a defender seus direitos históricos e a Petrobrás. Somente nas bases da FNP foram mais de 8.143 pessoas que votaram pela rejeição da proposta da direção da empresa, apesar de toda situação de assédio imposta para que os gerentes “gentilmente” solicitassem o comparecimento e votos na proposta patronal, isso sem contabilizar os 13 sindicatos filiados à FUP que, também, por ampla maioria, rejeitaram a proposta.
Indicativo de greve também foi vitorioso
Onde tradicionalmente se encabeça as greves, as bases operacionais, a greve foi amplamente aprovada. Em algumas unidades, por unanimidade. É importante ressaltar esta análise. Já nos prédios administrativos, os votos contrários à greve foram minoritários, se comparados com a soma dos a favor + abstenção. Esta leitura também é importante, considerando que grande parte dos/ as colegas presentes nunca participaram de uma greve e em muitos casos sequer de uma assembleia.
Com todas estas desproporcionalidades entre pesos, características e tradições de cada base e ainda que por pequena margem, mesmo em números absolutos, a greve foi aprovada e nosso sindicato acompanhará o calendário nacional.
União para resistir
A unidade da categoria através das federações FNP e FUP fez a direção da empresa recuar. Toda essa mobilização levou a Petrobrás a recorrer para a mediação do TST.
É bom celebrar vitórias em batalhas, mas precisamos avançar para ganhar a guerra. O resultado das assembleias foi fundamental para fortalecer a luta. Mas não podemos achar que o objetivo deste governo e da direção da empresa é de melhorar a proposta ou fechar um bom acordo. Eles querem privatizar, demitir e retirar direitos, mas vamos continuar a dizer e reafirmar:
Não estamos à venda!
Versão do impresso Boletim CXXXVII