Nesta quarta-feira (11) está sendo realizado o primeiro dia de reuniões de Acompanhamento do ACT com os representantes da Petrobrás. A pauta do dia envolve Regime de Trabalho e AMS.
09h30: Reunião iniciada: Um protesto contra o PCR e denuncia contra perseguição a trabalhadora da Petrobrás – Em fala inicial, no preâmbulo, o diretor do Sindipetro-RJ e coordenador da FNP, Eduardo Henrique faz uma veemente fala contra o processo de implantação do PCR que não ouviu qualquer sugestão dos sindicatos e trabalhadores petroleiros. “Quero aqui também denunciar a perseguição contra nossa diretora do Sindipetro-RJ, Moara Zanetti, que está sofrendo perseguição por ter feito um vídeo questionando o PCR, isso é um Absurdo” – disse. Logo depois foi encaminhado um ofício pedindo cancelamento do PCR e denunciando perseguições, conforme foto abaixo:
10h20: Resposta da empresa – RH se posiciona sobre o caso da diretora Moara e diz que as atitudes dela devem ser combinadas com a supervisora. “Existem recomendações em que ele deve seguir”. RH também afirma que o PCR não descumpre o ACT.
10h50: Ficou nervoso! – Representante da Petrobrás insinua que os dirigentes agem de má fé nas negociações e afirma: “os acordos assinados não valem de nada”. E questiona as ações jurídicas movidas pelos petroleiros. O RH também critica o processo movido sobre a RMNR.
11h06: Tá explicado… Assim, fica claro que a recente vitória dos trabalhadores no julgamento no TST, deixou a Petrobrás na defensiva e seus representantes com os nervos à ‘flor da pele”. Como o PCR está sendo implantado à toque de caixa, para a FNP, não se têm garantias dos impactos que poderão ocorrer com as tabelas da RMNR.
11h15: Perseguição formalizada – A diretora Moara presente a reunião informa que foi impedida de participar de um curso por ter participado de um vídeo em que fez uma breve análise do PCR, e que não utilizou qualquer informação confidencial do RH, setor que trabalha, no depoimento gravado. Moara Zanetti recebeu orientação da empresa para sair do RH. “Sofro retaliação política por ser militante sindical”- explicou.
11h35: PCR é ruim! – Dirigente da FNP afirma que a filosofia do PCR é péssima para o trabalhador. Visa, sobretudo, introduzir uma nova cultura: as adesões individuais em detrimento das negociações coletivas. Foi reforçada a critica à política da direção da estatal em punir dirigentes sindicais, cujo objetivo é desmotivar o interesse do trabalhador pelos sindicatos.
12h10: RHs devem falar a mesma língua – A FNP também questionou o fato dos RHs regionais serem desalinhados. Representante da empresa diz que é um esforço imenso fazer esse alinhamento entre os RHs.
12h30: Petrobrás diz sindicalista não pode trabalhar em RH – Empresa afirma que Moara não pode continuar no RH, por conta de “conflito de interesses”. Em outras palavras, os representantes da empresa querem dizer que o RH da Petrobrás não pode ter dirigente sindical e reforçam: “Você é representante do RH, falando contra uma política do RH”.
12h45: FNP cobra pontos pendentes de outras reuniões – Contrato de alimentação nas refinarias:
RH afirma que a SODEXO pediu para sair e que as licitações serão feitas regionalmente. “A ideia é manter uma alimentação saudável. Por isso, não terá mais frituras”, afirmam.
Transporte inadequado nas áreas operacionais – A FNP questiona o motivo pelo qual o raio de abrangência para disponibilizar o transporte não segue o endereço da REVAP e sim outro ponto. Empresa não consegue dar uma resposta plausível.
13h15: Aeroporto de Itanhaém – Representante da empresa diz que a migração para o RJ foi por conta da reorganização da companhia, ondem tem maior disponibilidade de aeronaves, diminui a quantidade de atrasos e etc.
FNP informa que em Urucu, a distância entre o alojamento novo e o polo de trabalho são equivalente a 8km. “Como vai ficar a troca de turno e as horas que vão ser geradas a mais, a empresa irá pagar essas horas extras?”, questiona. Empresa afirma que vai buscar informações.
13h20: Banco de horas REVAP -FNP denuncia prática de banco de horas na Revap, além de gerentes exigirem aceitação de compensação, sem negociação com o trabalhador. Segundo o RH, isso não está mais acontecendo e afirma que deve haver negociação com o trabalhador.
Encerrada a primeira parte do primeiro dia de Reuniões de Acompanhamento do ACT 2017/19
15h: Iniciada reunião sobre AMS – abertura – No preâmbulo , o diretor da FNP Roberto Ribeiro fala sobre as dificuldades de algumas pessoas para a realização do recadastramento dos aposentados na AMS e informa que só em junho a Secretaria de Aposentados atendeu mais de 800 pessoas em apoio ao recadastro. Além disso, agradeceu a recente realização da palestra sobre o Benefício Farmácia no Sindipetro-RJ.
15h20: Prossegue o recadastramento – O representante da AMS informa que o Botão Compartilhado para recadastro continua ativo até agosto, e que dentro da base de dados cerca de 10% ainda não efetivou a atualização de dados, o que representa um universo de 4 mil pessoas.
15h48: Sobre o BF – Botão compartilhado: empresa reconhece dificuldades e gargalos em funcionalidades, principalmente para o reembolso do BF, mas informa que está trabalhando para resolver pendências. Os postos de atendimento no Sudeste: segundo o representante da empresa, há previsão de volta para funcionamento a partir do próximo mês. Sobre a rede credenciada de farmácias: medicamentos comprados com descontos terão reembolso a partir do preço pago pelo beneficiário.
15h50: Problemas de recadastramento em Belém – Representante de AMS informa que existe um posto avançado na região e não entende o porquê o recadastramento não pode ser feito por lá e vai providenciar uma pessoa para fazer os recadastramentos. Ele também afirma que vai levantar mais informações.
16h20: números da AMS – Os representantes da Petrobrás apresentaram um relatório como os seguintes dados:
AMS tem em seus cadastro um universo de 47% de homens e 53% de mulheres;31% beneficiários têm idade acima de 60 anos; média de idade de 45 anos. Existem 144 pessoas centenárias.
18 mil credenciados, entre especialistas e hospitais, entre outros. Na AMS existem 190 profissionais primeirizados e 454 terceirizados, totalizando 644 trabalhadores mobilizados. Os números são referentes até o último mês de maio.