Petrobrás patrocina sede da APS, enquanto petroleiros pagam dívida de mais de R$ 40 mi

Categoria reivindica postos de atendimento presenciais, que foram mantidos fechados desde a pandemia

Em meio ao déficit milionário do Plano de Saúde, que está sendo imposto aos participantes em descontos parcelados nos contracheques dos petroleiros, a Associação Saúde Petrobrás (APS) inaugurou uma sede patrocinada pela Petrobrás num dos edifícios mais modernos da cidade, onde a Fundação Petros já ocupa alguns andares.

Na sede, vai funcionar um posto de atendimento presencial – uma das reivindicações da categoria, principalmente dos aposentados, que ficou sem qualquer atendimento presencial depois da pandemia e do desmantelamento da AMS, modelo de autogestão vitalício que foi criado em 1975.

Posto de atendimento Saúde Petrobrás
Edifício Porto Brasilis
Rua São Bentro, 29 – Centro
De 2ª a 6ª, das 9h às 17h
Preferencialmente agendar o atendimento pelo 0800 728 3372.

Um sonho de Paulo Guedes

A APS foi fundada em 2021, sob comando do então gerente executivo do RH, Cláudio Costa.

O objetivo era transformar o Plano de Saúde dos petroleiros em uma operadora privada.

Para atender ao projeto do ministro da Economia à época, Paulo Guedes, a Petrobrás contou com o amparo legal que se estabeleceu com a edição de resoluções emitidas por um colegiado privatista – a famosa Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR).

No mesmo ano, vale lembrar, Cláudio Costa foi demitido, porque foi pego usando informações confidenciais para se beneficiar em negociação de ações da empresa.

Reconquista dos 70×30

Destacamos que outra modificação feita pelo governo Bolsonaro foi a relação de custeio que passou a ser de 60×40, com projeção de 50×50.

A recuperação dos 70×30, em recente aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho vigente, só foi possível, porque houve mobilização dos petroleiros em reuniões, idas e vindas a Brasília, protestos, grandes atos nacionais, vigília e acampamento na porta da sede da Petrobrás.

Mas, a luta ainda é pelo retorno da AMS gerida pela Petrobrás e custeio de 100% pela empresa, como é o caso do BNDES que financia integralmente o Benefício de Assistência Saúde (BAS) aos seus empregados.

É inaceitável que a gigante estatal petrolífera, maior empresa da América do Sul, recordista em lucratividade, esteja impondo custeio de Plano de Saúde a seus empregados e uma dívida que achata o poder aquisitivo, principalmente dos aposentados! Leia mais: https://sindipetro.org.br/peds-revolta-petroleiros/

PASA

Outra conquista da luta da categoria é a recuperação do Plano de Assistência à Saúde dos Aposentados (PASA) 100% custeado pela empresa, que estava parado desde 2015.

FNP reivindica postos por todo o País

A empresa informou que outros três postos da APS também já estão em funcionamento em Macaé-RJ, Santos-SP e Aracaju-SE. E que o próximo posto a ser inaugurado será em Salvador-BA.

O Sindipetro-RJ e a FNP cobram que haja atendimento presencial em todos os lugares onde a Petrobrás está estabelecida.

Veja o vídeo com o diretor da FNP e do Sindipetro-RJ, Roberto Ribeiro e compartilhe:

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