Direção do Cepel intervém em associação de empregados e demite 16 trabalhadores. O que fica claro é que essas demissões já são consequência da privatização da Eletrobrás
As entidades que representam todos os trabalhadores do Cepel, ASEC, SENGE-RJ e SINTERGIA, assinam um documento conjunto em que protestam contra a demissão da pesquisadora Heloisa Furtado, presidente da Associação dos Empregados da Cepel (ASEC).
No documento divulgado, em 13 de novembro, é denunciada a perseguição política e a prática antissindical contra a pesquisadora e a ASEC que também sofreu uma intervenção por parte da diretoria do Cepel.
“A diretoria do Cepel não tem a prerrogativa de fazer uma intervenção na entidade que representa todos os empregados do Cepel e tentar cortar sua cabeça. Amputar a instituição é uma afronta a todos que trabalham no Cepel e a todo o movimento sindical e social. Dessa maneira, também interpretamos, que caso esta demissão persista, ela é uma atitude irresponsável e impensada em completo desacordo com a conjuntura nacional, que começa a inverter no plano político, um período autoritário e de desgoverno nacional” – diz um trecho do documento.
Segundo o Sintergia, Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia do Rio de Janeiro e Região, além de Heloisa foram demitidos outros 15 trabalhadores no dia 11/11.
Demissão em missão de trabalho
Sobre Heloisa Furtado, ela estava representando o Cepel em um evento fora da instituição, foi chamada às pressas para ser demitida e voltou ao evento para continuar seu trabalho já estando demitida.
As entidades sindicais consideram ainda que esta demissão é uma declaração de guerra aos Sindicatos e saberá responder à altura, mobilizando todas a nossas forças e percorrendo todas as instâncias necessárias em qualquer lugar do país para reverter o golpe baixo desferido pela diretoria do Cepel.
O Sindipetro-RJ cobra a reintegração imediata dos 16 trabalhadores e o fim da intervenção na ASEC!